sexta-feira, setembro 28, 2007

Sending out at an s.o.s...


O show de abertura nessa tour está a cargo da banda do filho do Sting, também baixista e vocalista. O garoto tem apenas 19 anos e já mostra qualidade em ambas as funções. Apresenta uma impressionante desenvoltura no palco, apesar de estreante. A semelhança com o pai é grande. Conversa com o público como um veterano e mostra-se extremamente à vontade. Tá aprendendo muito bem o moleque. O show foi um pouco maior do que deveria. No entando, a espera entre o seu término e o início do show do Police foi bem curta.
Entram os três e iniciam a apresentação com “Message in a bottle”. O público se agita um pouco e canta, num estado de êxtase e hipnose. Estamos cercados por gigantes holandeses, muitos deles se assemelham ao Sting em diversas fases de sua vida. Isto foi bem engraçado de observar.
Esperava uma platéia muito mais empolgada e agitada – estávamos diante do Police, for God sake!!! O público, visivelmente hipnotizado por Sting, não se manifestava muito, infelizmente.
Mas isso em nada diminuiu a sensação de estar presenciando algo extraordinário. Copeland é um monstro, parece não fazer nenhum esforço para operar a mágica diante dos nossos olhos. E Sting... bem, como eu disse, Sting simplesmente não é humano. Ele é muito mais que nós. Tem uma voz que é de outro mundo, que sai de todos os lugares a sua volta e nos envolve como nenhuma outra voz é capaz, como bem observara o Hildo, meu amigo e companheiro de show :). Canta e toca o baixo como se estivesse tomando uma cerveja com os amigos. Domina as mentes dos 50.000 presentes, e tudo o que ele fala é a mais absoluta verdade. Ninguém seria capaz de questioná-lo ali, em cima do palco, seja cantando ou falando.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Catalúnia... Espanha... Catalúnia da Espanha...

(Eu, Mau e Leca)

Coisas que me fizeram amar Barcelona: Gaudí, Picasso, Miró, tapas, cava, mar mediterrâneo, clima, parques, beleza, bares, tradições estranhas, localização. Coisas que não vi (mas quero ver) e são pontos positivos da cidade: o Barcelona e seu Camp Nou, o GP de Barcelona.

Em suma, Barcelona é a cidade pra se morar na Europa. Tem clima bom, tem bom futebol, tem F-1, tem mar, acesso fácil às cidades mais interessantes do continente, boa comida, boa bebida, muita festa, eventos e instituições culturais, além de belos parques e uma arquitetura admirável!

Tá... os catalães são de fato arrogantes e pedantes. Realmente insistem em dizer que a Catalúnia não é Espanha. Segundo o Mau e a Leca, eles querem ser franceses, hehehe. Mas há as hordas de imigrantes que amenizam o problema, diversificando a gama de hábitos e culturas encontrados por lá. E mais: eles têm bares de tapas e fabricam a cava, por isso merecem consideração.

A cava é um espumante e, como os demais espumantes que não são fabricados em Champagne, não podem receber o mesmo nome da região francesa. Mas, enquanto o resto do mundo contenta-se com o nome genérico de "espumante", os catalães, obviamente, tem um nome próprio para a sua bebida.

É uma bebida leve, frutada, ideal para o calor e como acompanhamento de tapas. É bem gostosa. Não tem a personalidade de um bom vinho tinto encorpado, nem de um bom champagne, mas cumpre bem o papel de uma bebida agradável, festiva, que não precisa ser consumida com moderação, mas em abundância. E, ao contrário das outras bebidas com essa função e propriedades, não causa ressaca! E o melhor: é barata. Bem barata.

Outro traço interessante da cultura catalã: tradições esquisitíssimas de natal. Eles colocam um homenzinho defecando no presépio. Isso mesmo! E esse homenzinho tem um nome, é o caganer. Seu papel é adubar o pasto. Segundo o mesmo casal de amigos citado acima (que enriqueceu muito meu conhecimento sobre a cultura catalã), encontra-se várias versões do caganer nas lojas às vésperas do natal - como Ronaldinho Gaúcho, membros da família real, artistas...

Também existe outra tradição bem peculiar, conhecida como "caga tío" (sim, eles parecem ter alguma obsessão com o ato de defecar). Consiste em um tronco onde são colocados os presentes que são arrancados a porretadas pelas crianças, que ordenam: caga tío!, para que os presentes caiam. O caga tío é vendido decorado, para o Dia de Reis, quando se entregam os presentes por lá, e não no Natal.

Um povo que coloca homens defecando no presépio, mesmo que seja metido à besta, merece certo respeito dos outros povos!

Apesar de não se comunicarem uns com os outros em espanhol, quem fala essa língua se comunica facilmente por lá. Afinal, embora eles não queiram, a Catalúnia é Espanha, sim, e o espanhol é a língua oficial! Ainda bem... porque o catalão é horroroso e nada agradável aos ouvidos!

E viva a Catalúnia e, por que não, os catalães! Já quero voltar...

Mais posts virão. Há mais o que dizer sobre essa cidade.

Try to do it my way...

Vou alterar um pouco a ordem dos relatos. Começo agora o relato comentado do show do Police, uma vez que seria impossível incluí-lo no post sobre Amsterdam. Vou dividí-lo em partes, pois é demasiado grande.
Da mesma forma, dividirei os comentários sobre Barcelona, que é uma cidade que merece posts, no plural, e não um post.
Mas este aqui, é dedicado ao show do Police. Iniciemos, então.

Vai ser complicado fazer este relato. Há muito o que falar sobre o show, ao mesmo tempo em que há muita coisa difícil de expressar em palavras. Mas vou tentar relatar cronologicamente os acontecimentos, fazendo os comentários pessoais, falando sobre as impressões.
Tudo começa com a chegada à belíssima Amsterdam e a enorme empolgação e ansiedade pro show. Afinal, contando mais de 20 anos do término da banda, eu já não mantinha esperanças de ver uma performance ao vivo do trio que embalou boa parte da minha adolescência e que tem dois dos músicos que mais admiro: Sting e Copeland.
É preciso ressaltar que Sting é MUITO mais que um músico! Justifico tal observação nos comentários sobre o show, mas desde já afirmo que ele é sobrehumano.
Chegamos ao “Amsterdam Arena” por volta das 18:30. Apesar do frio, o céu estava azul e claro, por causa do horário de verão. O estádio já é impressioante – uma bela e moderna arena.
Depois de comprar alguns merchandises sem nenhum tumulto ou dificuldade, entramos numa das pequenas filas que dava acesso ao estádio. Quando entregamos os ingressos, nos informaram que estávamos na entrada errada (holandês é uma língua incompreensível...) e que deveríamos nos dirigir ao outro lado do estádio. O próprio segurança nos indicou um caminho mais curto, que cortava o estacionamento.
Devo dizer que é bem diferente do estacionamento do Mineirão. Cruzamos uma área coberta, provida de banheiros, com cancelas e câmeras nas entradas e saídas, com vagas bem demarcadas e sem carros dando voltas e voltas atrás de um “tomador de conta” indicando um local suspeito pra deixar o carro.
Enfim, achamos nossa entrada (J, de jacu, claro!) e passamos, quase sem fila, por uma revista bem respeitosa para as meninas (praticamente só uma olhada na bolsa) e um pouco mais rigorosa para os homens, que alegaram ter sido apalpados na bunda.
Dentro da arena, depois de passar por uma área de bares (mais uma vez: sem filas) e banheiros (limpos, com papel, sabonete e tolhas até o término do show), subimos uma escada que levava à pista, ocupada só pela metade, até então. As arquibancadas, ou melhor, cadeiras e camarotes, também estavam modestamente ocupadas. Só durante o show de abertura é que o estádio se encheu completamente.

terça-feira, setembro 25, 2007

Como nunca, jamás lo imaginé...

(El Palacio Real)

Madrid! Já vale a pena visitar, pelo simples fato de abrigar o Museo del Prado. Dica: visite o Reina Sofia antes de ir ao Prado. Isso porque o Reina Sofia não é exatamente um espetáculo, ao contrário do Prado, que dá vontade de ficar mais, não ir embora, voltar...
Mas o Reina Sofia, apesar de estar num prédio "mais ou menos" pra um museu, guarda o Guernica. Então tem que ser visitado. A sala é estreita e a distância máxima para observá-lo não é ideal. Ainda assim, é uma obra difícil de tirar os olhos. Quanto mais você olha, mais detalhes descobre, mais encantado fica... ele paralisa, hipnotiza.
O Prado é quase todo encantador. O ápice, é claro, é Velázquez com seu "As meninas". Outro quadro tão rico de detalhes que não dá pra cansar de olhar e descobrir coisas não percebidas anteriormente. Impressiona que façamos parte da obra, quase sem perceber. Impressiona a luz. Impressionam as expressões... difícil descrever.
Talvez, o único defeito da cidade seja estar em meio a um enorme deserto. O que torna o clima muito seco e a vida difícil pra quem sofre de alergias respiratórias. No mais, a cidade é perfeita. O espanhol é uma língua deliciosa, os madrileños são alegres, bem humorados, falantes, festeiros. Há inúmeras opções culturais e de diversão... muitos teatros, cinemas, museus, boates, bares, tablaos flamencos. A vida noturna é intensa e rica. Há belos parques. Há gente de todo o mundo... se escuta as mais diversas línguas pelas ruas e praças. Os preços são bem acessíveis.
O excesso de turistas, em sua maioria mochileiros, às vezes é meio chato. Não sei se de tanto andar naquele calor desértico de mochila nas costas, ou por falta de asseio mesmo, há muita gente fedorenta pelas ruas. Imagino que passado o verão, isso se amenize. Terei de voltar em outra época para comprovar...
Ah... e tem o melhor metrô DO MUNDO! E isso não é uma opinião minha. A cidade de fato recebeu esse título! As estações são bonitas, numerosas, de fácil acesso (inclusive para deficientes), todas com escadas rolantes... os trens são bons, abundantes e limpos. Muito fácil se locomover pela cidade. Mas ainda acho que o melhor mesmo é caminhar, e muito! A cidade é bem bonita e você sempre descobre uma praça, um parque, uma igreja, um museu, um bar...
Mas a siesta não é lenda. Tudo realmente pára depois da hora do almoço que, aliás, é mais tarde que a nossa: entre 14:00 e 16:00. Mas quem pode condená-los por cochilar um pouco depois de comer (muito), tomando vinho, naquele calor todo?
Só pra constar: fui a um show de flamenco. Isso que a gente vê aqui, é tão somente uma tosca imitação do baile andaluz. Aqueles bailaores y bailaoras possuem algum dispositivo cerebral para rapidez, coordenação motora e ritmo que nós não temos!
E há tapas. A Espanha deve ser muito admirada por essa invenção culinária: pequenas porções dos mais deliciosos e diversos petiscos. Uma curta visita a um bar de tapas proporciona uma grande quantidade de experiências gustativas que levaríamos semanas para conseguir nos botecos brasileiros! E com vinho tinto dos bons!
Os espanhóis definitivamente sabem aproveitar as melhores coisas da vida! São bon vivants de dar inveja!
Olé!!!!

segunda-feira, setembro 24, 2007

I don't want stay here. I wanna to go back to Bahia...

(Lisboa... igual Ouro Preto my ass!!!)

Voltei! Aos poucos vou postando as histórias e comentários... são muitos!!! E fotos também.
Desde já quero agradecer a incrível hospitalidade dos meus queridos amigos Mau e Leca em Barcelona, que é a cidade pra se morar na Europa! Adorei a cava, os bares e restaurantes, as comidas, os passeios e, principalmente, a companhia. Vocês são uns amores... espero voltar logo!!! :) Saudades já...

Começo pelo começo: Portugal. Primeiro país visitado.

Incrível que digam que falamos a mesma língua. A compreensão é bem difícil por muitas vezes. Mas os portugueses que encontrei são bem divertidos. Digo os que encontrei, para não generalizar. Mas o traço mais marcante da personalidade desse povo, pra mim, foi a total falta de discrição! Muito engraçado como encaram as pessoas na rua, prestam atenção na conversa alheia e até fazem intervenções. Vi vários lisboenses simplesmente pararem ao lado de duas pessoas conversando, no metrô, por exemplo, e prestarem bastante atenção no diálogo. O mais engraçado é que, quando eram outros dois lisboenses que conversavam, eles sequer se davam conta da presença bem próxima e participativa do estranho.
País lindo. Pelo menos o pequeno pedaço que conheci: Lisboa, Sintra e Caiscais. Cheio de belas paisagens, castelos, construções belas e imponentes, muitas igrejas. Os patéis de Belém são de fato notáveis... assim como a incapacidade para entender metáforas dos portugueses. Mas têm um senso de humor bastante peculiar, marcado pela ironia, o que pode gerar momentos divertidos em conversas.
Não esperava tanto desse país e me surpreendi. Merece ser revisitado. O fado não é tão chato como imaginei e o vinho verde é bem bom! Ah... e o bacalhau merece mesmo, bastante atenção do turista. Bom... muito bom! E barato.
Personagem: Henrique, o taxista. Ele nos levou para um passeio a Sintra e Caiscais. Se empolgou muito quando meu irmão perguntou sobre o Benfica. Não parava de falar das maravilhas e da estrutura do clube. Para embasar seus comentários, abriu um jornal e começou a procurar e ler umas coisas... enquanto dirigia... na estrada! Sentou-se conosco para almoçar, dando palpite nos pedidos, observando atento as fotos que meu irmão via em sua máquina e, claro, fazia comentários. Nos deu a importante informação de que, no inverno em Caiscais, o mar é mau...

quinta-feira, setembro 13, 2007

coisas curiosas da Europa

1 - As pombas sao muito mais radicais... não possuem o sistema gps embutido em todos os passaros do mundo e não respeitam o tratado de Genebra, que reza que são os passaros que devem desviar dos seres-humanos e não o contrario. Se vc contar com isso, pode acabar com um olho furado...
2 - Os vendedores de chaveiros com o formato da Torre Eiffel são todos iguais e se materializam do seu lado, onde antes havia outra pessoa. Sim... como o agente Smith.
3 - Falar holandês eh muuuito facil. Tudo o que vc precisa fazer eh dobrar a vogal da silaba mais forte. Hoje, por exemplo, vou ao conceert do Poliice! Pronto!

Depois conto mais....