quarta-feira, outubro 31, 2007

Rocky Horror movement #1: The time warp

Mais diversão! Vamos lá, todos juntos: It's just a jump to the left, and then a step to the right. Put your hands on your hips, and bring your knees in tight... but it's the pelvic thrust that really drives you insane...

Aprenderam? Ok, so... ready, go!

Happy Halloween

Diversão para o dia das bruxas, depois do terror que foi o jogo do Galo: 0 x 0 contra o quase rebaixado Paraná, dentro do Mineirão!

terça-feira, outubro 30, 2007

Listinha mais ou menos

Começou bem a lista dos 100 maiores gênios vivos, feita pela empresa de consultoria Synectics. O grande líder da eleição é o inventor do LSD. Convenhamos: enorme contribuição para a humanidade.
Mas me decepcionei quando li o resto da lista. Falta muita gente, e sobra muita gente. J.K. Rowling... sério? Pelo menos ela não supera o Stephen King nessa lista.
Mas não consta ali: Chico Buarque, Michael Schumacher, Bono Vox, Sting, Greg Graffin... só pra mencionar os que deviam encabeçar a lista!
A escolha dos critérios não é ruim. Mas os votantes... definitivamente foram mal escolhidos!

quarta-feira, outubro 24, 2007

Breve, em uma sala perto de você

Depois de meses de maré baixa nos cinemas, finalmente podemos esperar boas estréias! Duas ainda sem previsão para as salas brasileiras, mas todas, ansiosamente aguardadas!

O primeiro foi assunto de um post há alguns dias: O amor nos tempos do cólera. Com Javier Bardén e Fernanda Montenegro, do mesmo diretor de "Donnie Brasco", "Quatro casamentos e um funeral" e "Harry Poter e o cálice de fogo", além do roteirista de "O piano". A história dispensa (mais) comentários... é de Gabriel! O filme promete. E tem estréia prevista pra dezembro.

Outro que não vejo a hora de estrear, mas que ainda não tem data, é o filme que marca a estréia de Julie Delpy como diretora: 2 dias em Paris. Ela também atua no filme ao lado de Adam Goldberg, que atuou em "Zodíaco", "Deja vu", "Uma mente brilhante" e foi o namorado da irmã do Joey na série de tv. Outra curiosidade do filme é que os pais da protagonista (representada por Julie Delpy) são... os pais da Julie Delpy. O filme parece bem divertido e explora de forma politicamente incorreta as diferenças entre americanos e franceses. Ah... e o mocinho se chama Jack. Vocês sabem que, em geral, eu adoro os Jacks, né? Já foz até um post sobre isso.

Last but not least: Into the wild. Ainda sem nome em português, eu acho. Bom, este é, no mínimo, um filme obrigatório! O diretor é ninguém menos que Sean Penn, o que já o torna imperdível. O elenco não é composto de grandes estrelas, mas de atores e atrizes bem interessantes. O tema: uma road trip para o Alasca, que gera muitos encontros marcantes pelo caminho. Bem Sean Penn, não? E se vocês acham que isso é tudo, esperem... a trilha sonora também é muito, muuuuito especial! Inteirinha feita por Eddie Vedder! Tá bom pra vocês? O difícil vai ser aguardar...

segunda-feira, outubro 22, 2007

Just the bang and the clatter, as an angel hits the ground

Supostamente, hoje é aniversário do Dudu.
Digo supostamente, porque anjos não têm um nascimento. Então, imagino que hoje seja celebrado seu aniversário por ser, provavelmente, o dia em que ele pulou de algum prédio ou torre, abrindo mão da imortalidade e de ser um anjo, tornando-se humano.
Mas eu finjo que acredito que é o dia em que ele nasceu. De qualquer maneira, é um dia que só posso comemorar e ficar muito feliz pois, há 33 anos atrás, nesse dia, o mundo mudou. E minha vida, embora nem tivesse começado, mudou. E parte do que sou hoje (a melhor parte), só existe porque existiu esse dia. E os meus planos, desejos, potenciais, realizações são melhores.
E a cada aniversário dele, é mais um ano em que eu me tornei uma pessoa melhor.
Então, 22 de outubro, é o dia em que eu acrescento um ano no meu crescimento, porque é mais um ano em que ele tá aqui, tornando muito fácil querer ser melhor!

It turned out I was right


No início da temporada de F-1, num post empolgado, disse que este seria um ano vermelho. Pelo meio da temporada, já me sentia meio "Galvão Bueno", já que a McLaren - de forma suspeita - parecia superar a Ferrari. As coisas ficaram mais ou menos esclarecidas quando veio à tona o caso de espionagem. Mas isso não diminuiu a diferença de pontuação entre os pilotos vermelhos e prateados.
O campeonato de construtores estava garantido, mas a sensação de injustiça e impunidade permanecia. Até que...
Até que, finalmente, algumas coisas começaram a dar errado na McLaren. Até que não tiveram frieza e maturidade pra resolver os conflitos entre os pilotos. Até que cessou o tráfico clandestino e unilateral de informações entre Ferrari e McLaren. Até que Hamilton mostrou ser apenas o que é: um garoto de 22 anos, estreante com talento, numa grande equipe (embora haja controvérsias quanto à qualidade da McLaren neste ano). Até que as explosões de Alonso ficaram incontroláveis. Até que Ron Dennis perdeu as estribeiras, o rumo, a classe, a máscara.
Enquanto isso, na Ferrari, seguia-se. Seguia-se o trabalho, a qualidade, a evolução e adaptação dos pilotos, sobretudo de Kimi, novo na escuderia e de uma qualidade impressionante. A experiência, o trabalho, a tranqulidade e qualidade sobrepuseram à grande surpresa que foi o crescimento da McLaren e a estréia de Hamilton. E, no fim, aconteceu o que era certo: o ano foi vermelho.
E eu que comecei a certa altura, a crer que este campeonato de pilotos, seria como o brasileirão 2005, uma palhaçada, fiquei aliviada ao comprovar que, às vezes, a verdade prevalece. E também que meus olhos, ao início do campeonato, não estavam nublados pelo desejo e pela paixão. Afinal, não foi uma previsão "bueniana". E o ano foi vermelho.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Dressed up like a car crash...

Às vezes sou um pouco mal humorada. Às vezes sou um pouco exigente. Às vezes sou um pouco chata. Às vezes sou um pouco crítica. Tenho padrões estéticos muito definidos e, às vezes, eles não acompanham a moda vigente.
Mas hoje eu vi uma fofa no supermercado, que simplesmente é a síntese de tudo o que eu não gosto em se tratando de vestimenta.
Ela usava:
1 - Plataforma - Se você não é o Gene Simons, ou não faz parte do Motley Crue, por que raios você usa plataforma?!
2 - Calça fuseau - Dizem os consultores de moda (Sim. Por incrível que pareça, isso é uma profissão!), que se uma pessoa está acima do peso, deve evitar o uso da fuseau. Eu digo: se você é uma pessoa, evite o uso da fuseau. Seu uso deveria ser limitado às academias e, mesmo assim, com muuuita parcimônia! Até a saia balonê é mais bonita.
3 - Blusa comprida - Se é comprida o suficiente pra cobrir a bunda, então é um vestido. Se é um vestido, pra quê usar calça? Se quer se cobrir tanto, usa logo uma burca! Ah, cabe mencionar que a blusa tinha estampas florais num tecido leve, quase transparente. Belo, hun?
4 - Cinto sobre a blusa - Eu não sei nem o que comentar sobre isso. Existe algum motivo minimamente plausível, pra alguém usar um cinto por cima da blusa? Hein?!

Ok... sou quase minimalista em relação à moda. Mas fiquei realmente impressionada como ela conseguiu reunir tantos elementos que acho feios, num outfit só! Se ela estivesse com um daqueles brincos super compridos numa orelha só, eu ia achar que era alguma pegadinha!

quinta-feira, outubro 18, 2007

Cidade 5 - Amsterdam


Não esqueci de continuar meu relato. É o tempo que tá pouco.
Bem... o que dizer de Amsterdam? Esta é uma cidade que ocupa um importante lugar no imaginário de todas pessoas que gostam de viajar, que pensam visitar a Europa, que apreciam a liberdade e até mesmo a libertinagem, já que quase todo mundo pensa que lá "pode tudo".
Não quero decepcionar ninguém e, quem conhece já sabe: não é beeem assim! As drogas permitidas são a maconha e o haxixe, e seu consumo é permitido nos cofee shops que, aliás, não vendem bebidas alcóolicas. A prostituição também é legalizada e, assim como o consumo de drogas, sua prática é restrita ao Red Light District. É claro que, para latino-americanos recém saídos de ditaduras militares e com séculos de repressão cultural do catolicismo na história, aquilo é um parque de diversões.
O mais interessante é justamente como a coisa não desanda, não vira bagunça. É organizado e seguro. A cidade toda é muito tranquila, fácil de andar, pequena e - o mais marcante - muito linda!!!! Só é preciso tomar cuidado com as bicicletas, que aparecem de todos os lados. Até de cima. O trânsito também é esquisitíssimo, com direções improváveis, com trams grudados às calçadas. É preciso ficar MUITO atento ao atravessar uma rua.
A comida é um lixo. Quem, em sã consciência, come batatas fritas com maionese, num cone de papel? Os holadeses, claro!
As lojinhas de souvenirs são uma atração à parte. Você encontra inúmeros produtos que fazem alusão à maconha, como camisetas, canecas, toalhas, isqueiros, porta-copos, tudo. Produtos para fumar maconha ou outras coisas, produtos para disfarçar o cheiro da maconha. Além, é claro, de produtos feitos de maconha, como pirulitos! E há também tudo o que você conseguir imaginar que possam fabricar em forma de órgãos sexuais. É bem engraçado.
Os canais, as casinhas tortas, as praças, parques, construções...é tudo muito bonito! O céu cinza e o frio atrapalham um pouco. Mas também, querer clima tropical já é demais, né?
Por incrível que isso possa parecer, é uma cidade extremamente tranquila, com cidadãos pacatos (até demais) e que, felizmente, falam inglês. Aquela língua é impossível!
Queria mais ânimo das pessoas no show do Police, no show do Blue Man Group (uma das coisas maaaaaaaaais legais e fantásticas que já vi na vida!)... mas os holandeses são mesmo meio blasés! E parecem não dar muita importância pro diferencial que têm em relação às outras partes do mundo. O bom é que há sempre muitos turistas para aproveitar o que Amsterdam tem a oferecer. E não é pouco!

quarta-feira, outubro 17, 2007

A melhor notícia do mundo! Não... da galáxia... do universo!!!

Ufa! Agora já posso viajar pelo espaço. Já há internet por lá, é o que leio no Terra.
Antes ficava meio difícil, porque a comunicação com o pessoal de casa era MUITO limitada e complicada. Mas agora, Plutão é logo ali.
Minha vida mudou com essa notícia!

sexta-feira, outubro 12, 2007

Saudade

Música que Dudu gosta! E é bem boa, né?
Bullets with butterfly wings, do cra-a-zy Smashing Pumpkins

quarta-feira, outubro 10, 2007

Police - Final Part


Os telões, com uma precisão que nunca tinha visto, davam a impressão de ver o próprio palco, e não uma imagem captada deste. A iluminação que emoldura o palco, torna o show visualmente ainda mais impressionante. Lembra a produção visual do U2. As luzes brilham, piscam, mudam de cor, ofuscam a vista, tudo em sincronia perfeita com o som. Som que, aliás, também nunca tinha ouvido. É daquele que retumba no peito, que é claro, nítido, alto e, ainda assim, nos permite conversar sem alterar a voz, sem gritar. Mas quem é que quer conversar enquanto eles tocam?
“Can’t stand loosing you”, e o público se comove. “Roxanne”, delírio coletivo... “So lonely”, “Every breath you take”, e já estamos todos flutuando. Mas ainda há mais. Umas quatro ou cinco. Me lembro de “Spirits in the material world” e “Murder by numbers” encerrando duas horas de hits.
Todas as musicas foram acompanhadas pelo público. Com muito menos entusiasmo do que eu esperava ver, é verdade. Mas dizem que é cultural. Aqueles gigantes nórdicos não são de manifestações exacerbadas. Mas seus rostos estavam absolutamente iluminados depois de acesas as luzes do estádio.
A maior parte do público se dirigiu, ordenadamente, à estação de metrô. Não houve tumulto para entrar nas estreitas catracas da estação, nem nas portas dos lotados vagões. E todas as expressões eram de absoluta felicidade. Nirvana.

Paris - lado B




Prometo não ficar aqui falando da beleza de Paris, de como é agradável caminhar às margens do Sena, de como a torre é onipresente, de que uma vida inteira não seria suficiente para visitar o Louvre, blá blá blá...
Tudo isso é sabido até por quem nunca saiu de Lagoa da Prata e só cursou a educação infantil. Não precisa ter ido a Paris pra falar isso tudo.
Quando você comenta que vai a Paris com alguém que já esteve lá, a pessoa inevitavelmente comenta da Champs Elysées, da Notre Dame, da Torre Eiffel , do Arco do Triunfo e do Louvre. Sim, são atrações turísticas imperdíveis e que devem ocupar certo tempo do visitante.
Mas foram as atrações menos comentadas (embora presentes nos melhores guias) que mais me impressionaram.
O Musée d'Orsay é, normalmente, relegado a um segundo plano, enquanto o Louvre é a grande estrela. Pois, das inúmeras pessoas que me deram dicas sobre Paris, apenas duas - a saber, Dudu e Dani Tavernard - falaram do Orsay como imperdível, como das melhores atrações de Paris. E de fato o é. Pra mim, ele ocupa a posição de melhor museu do mundo, seguido do Prado e, só então, do Louvre. Mas não conheço o Moma de New York, então... essa lista pode mudar um dia.
Tenho que voltar a Paris numa outra época, que não o verão. Visitar o Orsay com tantos turistas é uma tortura. Passei muita raiva vendo pessoas tirando fotos - com flash, posando na frente das obras, reclamando de quem se postava na frente do quadro para apreciá-lo, porque estava atrapalhando a fotografia!
Se tem uma coisa que aprendi com essa viagem, é que a gente PRECISA parar de ficar repetindo que "brasileiro é mal educado", "brasileiro é desinformado", "a aviação brasileira é uma merda"... pra essas coisas, meus amigos, não há nacionalidade. Conheço atualmente 9 países, incluindo aí o Brasil e se tem algo que posso afirmar é que os defeitos que tanto vemos em brasileiros, não são senão da humanidade, causados pelo que chamamos de "civilização". Pelo menos a ocidental, pois não conheço nada do Oriente.
Outra atração que ninguém me indicou e está no meu top 3 Paris: O Georges Pompidou. Que prédio fantástico! Museu, centro cultural, biblioteca... e uma arquitetura que rompe com todos os padrões estéticos conhecidos. Podem me chamar de louca, mas eu achei o prédio sensacional. E super Blue Man Group!
O terceiro tópico do top 3 é Montmartre. O bairro como um todo, e não só a Sacré Coeur. O bairro é lindo, agradável, tranquilo... cenário de filme. A Sacré Coeur dispensa comentários. É linda. E a vista lá de cima é, definitivamente, a melhor de Paris! A praça em frente à igreja é deliciosa, dá vontade de passar a tarde por lá. Caminhar pelo bairro, descobrir seus cafés (inclusive o do filme Amélie Poulain) é mais um bônus.
Portanto, minhas dicas pra quem pretende visitar Paris são: Musée d'Orsay, Centro Cultural Georges Pompidou e Montmartre! Nenhuma dessas atrações é do tipo "se você não foi, não esteve em Paris"... mas pelo menos você vai ter conhecido o melhor de Paris, e não só o que todo turista conhece.
Ah... confesso: não fui às Galerias Lafayette. E não me arrependo.

terça-feira, outubro 09, 2007

sexta-feira, outubro 05, 2007

Quem é a melhor pessoa que você conhece?

Dia desses ouvi essa pergunta na rua. Não foi dirigida a mim. Ouvi de duas pessoas que conversavam perto de mim.
Fiquei pensando nisso. Quem seria a melhor pessoa que eu conheço? Quais critérios usaria para fazer a seleção?
Não se preocupem. Eu não vou fazer uma lista aqui das 10 melhores pessoas do mundo, segundo Polly Parker. Seria muito risco. Eu prefiro ser diplomática. Vocês são tooodos ótimos!
Mas eu posso escolher a melhor pessoa da ficção, sem o risco de ofender ninguém. Aí não tenho dúvidas: Florentino Ariza!
Vocês sabem que considero "O amor nos tempos do cólera" a mais bela história de amor de todos os tempos. E não é por seu romantismo - convenhamos, Fermina Daza é uma tosca em assunstos do coração; tão pouco é pelo controverso final, que alguns consideram "lindo de morrer" e outros consideram um anti-clímax (comparado a finais hollywoodianos, claro!).

Se gosto tanto dessa história, é justamente pelo caráter - a meu ver irretocável - de Florentino Ariza. Sei que muitos vão questionar meus princípios e valores depois dessa declaração. Sei que há quem considere Florentino um pedófilo, um sem escrúpulos, um pulha que cria uma vida paralela e clandestina, e que isso é um sinal de falta de sinceridade ou honestidade.

Para mim, o que Florentino faz é comprometer-se ao extremo com seu amor, seu desejo sem, para isso, abrir mão da vida que ele considera adequada a um homem com suas possibilidades. Florentino é a pessoa mais sincera e honesta consigo mesma, com seus valores, com aquilo que lhe é mais caro, mais importante: seu amor por Fermina.

Florentino conseguiu tudo o que ele quis. Nunca abriu mão de seu desejo, nunca feriu sua amada que, para mim, sequer merecia esse amor, já que nunca soube compreendê-lo e, menos ainda, valorizá-lo.

As pessoas deveriam entender que sinceridade e honestidade não têm, necessariamente, a ver com a verdade. Não a verdade factual. Têm a ver, sim, com a verdade subjetiva, com o comprometimento com o desejo (numa concepção psicanalítica da palavra). Assim sendo, que personagem é mais comprometido com a verdade que Florentino? Quem mais sincero e honesto com seu amor? Quem mais diria, sem que duvidássemos, a frase "Desde que nací no he dicho una sola cosa que no sea en serio."

Chamem de obsessão. Pra mim é simplesmente ética!

Ontem Fefê me mandou um link que me deixou feliz. O livro virou filme e chega às telas em dezembro. Mal posso esperar!

Não me critiquem por apreciar o caráter desse personagem! All we need is love... e ninguém melhor que Florentino para nos ensinar como vivê-lo de tantas maneiras e um só amor. Por mais contraditório que isso possa parecer.

quinta-feira, outubro 04, 2007

O bom uso das figuras de linguagem

Nossa rica língua portuguesa nos dá uma gama variadíssima de recursos, dentre os quais as figuras de linguagem, que insistimos em empregar indevidamente, maltratando sem comiseração a língua pátria.

Uma dessas figuras, que sofre muitas torturas, é o eufemismo.

Ele deveria ser um instrumento da ironia, do sarcasmo, da sutileza e da delicadeza. Mas é, em geral, ofensivamente utilizado para a hipocrisia social, que muitos tratam por "politicamente correto".

Tem coisa mais irritante do que alguém chamar de secretária sua empregada doméstica, faxineira ou diarista?

Pior: - É aquele moreno ali! - Você olha, o cara é mais preto que o Odivan... Tá. Isso não foi nem exagero, foi o avesso do eufemismo. Mais preto que o Odivan não há. Mas enfim, o cara parece feito de vinil e um imbecil o chama de moreno!

Tem também o cheinha. Quando você vai ver, é uma gorda de 220kg, que tá mais pra lotada, empapuçada, explodindo, Mineirão em dia de Atlético e cruzeiro.

Igualmente chato é quando alguém quer te dizer que o cara é gay e diz que ele é sensível.

Eu sei que vocês conhecem bem o meu gosto pelo exagero. Mas não se enganem... eu aprecio muito mais um eufemismo bem empregado do que qualquer tosquice. Mas também reconheço a dificuldade de fazer bom emprego do eufemismo, da delicadeza, da sutileza. Mas, meu amigo, se você não é nenhum Saramago ou Quintana, abuse da grosseria!

A grosseria e a tosquice também comunicam. Com grande eficácia, clareza, objetividade e maior assertividade do que qualquer eufemismo (bem ou mal empregado). Pois não há o risco do mal entendimento e, menos ainda, da hipocrisia.

terça-feira, outubro 02, 2007

Seguindo...


“Synchronicity II”, “Walking on the moon”, “Voices inside my head”, “Don’t stand so close to me”... o culto continua. Vamos ficando cada vez num estado mais elevado e Sting nos afirma: “Truth hits everybory”! Sim, a verdade nos atinge a todos. Sobretudo na voz de Sting, que, a essa altura, é um messias. Fecho os olhos e o som toma conta, impressiona pela qualidade, clareza, o modo como invade os ouvidos e a mente, como o baixo toca no meu peito e como aquela voz se encaixa na música.
A naturalidade daqueles três, o modo como aquelas músicas, ouvidas e cantadas tantas e tantas vezes durante muitos anos da minha vida, soam tão novas, é algo inexplicável. Eles fazem a musica ali, diante dos nossos olhos. Não é a mesma musica do show do último final de semana, não é a musica do vinil arranhado de tanto tocar, não é a musica daquela coletânea em cd duplo. É a musica que eles estão fazendo, construindo naquele momento, praquela platéia.
“Every little thing she does is magic” (e o que eles fazem também... é quase milagre!), “De do do do, de da da da”, “Invisible sun”, “Walking on your footsteps”... seguramente estou saltando alguma música, alterando alguma seqüência. Minhas lembranças não são totalmente claras. Estive embriagada, em estado alterado de consciência induzido pelo trio, durante duas horas, e que durou um bom tempo depois. Ainda hoje, o que mais consigo lembrar, é a sensação de fazer parte de algo grande, mágico.
Até mesmo músicas que nunca gostei muito, soaram sensacionais. Como é o caso da última citada aí em cima.
Sei que posso estar parecendo exagerada. Mas só quem viu esse show consegue saber que não há exagero nenhum no meu relato. Quem tiver oportunidade de ir (haverão shows em Buenos Aires e Rio de Janeiro), não deixe de ir testemunhar um dos maiores acontecimentos musicais dos últimos tempos.
Já não aparecem grandes bandas e, nossa geração que não pôde ver os Beattles e só viu os Stones meio decrépitos, PRECISA ver o que ainda temos de extraordinário. Ao que tudo indica, sofreremos muitos anos com Justins, Britneys, Beyoncés, JZs, Rebeldes e afins. E a Grã-Bretanha, que nos presenteou com as maiores bandas de todos os tempos, parece ter entrado numa era negra...

Onde eu estava?






(Before the sunrise)










(Before the sunset)












Barcelona, certo?
Bem... vou encurtar a história, porque teria muito o que dizer de Barcelona.
Imperdível:
- Parque Guel (eu não consigo achar trema neste teclado). Tem uma belíssima vista da cidade, abriga belas obras de Gaudí, além de sua antiga casa. Movimentadíssimo e muito agradável pra passar uma manhã ou uma tarde, ou o dia todo!
- A Pedreira e a casa Batló, claro! Deve ser um delírio para os arquitetos e, seguramente, é um deleite para os olhos de qualquer um.
- A Sagrada Família. O maior e mais incrível castelo de areia, EVER!
- Caminhar pelo Barri Gotic, se perdendo por suas ruas, descobrindo lojinhas incríveis, pedaços da antiga muralha romana e muitas outras histórias sobre a cidade.
- Tomar cava. Já mencionei, né? Hehehe...
- Museus...
E uma das coisas mais legais, mais incríveis, mais bonitas, mais sensacionais que já vi: as fontes!!!!
Pena que não consegui vê-las bailar também ao som de flamenco. As vi bailando somente ao som de música clássica. É impressionante aquelas águas mudando de cor, forma, intensidade... se movimentando num balé espetacular. As pessoas ficam hipnotizadas durante os 15 minutos do show e custam a se movimentar ainda algum tempo depois. Não pensei que seria tão legal. Mas foi. A rpaça fica lotada, todo mundo leva comidinhas e ficam por ali, esperando a hora dos shows, que começam às 21:30 e acontecem a cada meia hora até às 23:30. É um programa bem divertido para as noites de sexta ou sábado.
Ah... e as barraquinhas lá vendem bebidas, incluindo sangría e... adivinhem... cava!!! :)