quarta-feira, março 26, 2008

Where is my mind?


Eu não sei o que diabos está acontecendo. Em geral, sou mesmo meio "aérea". Esqueço nomes e feições, informações menos relevantes ou fundamentais, histórias passadas, acordo sem saber em que dia estamos. Pras coisas mais importantes, sou centrada... não esqueço um compromisso, não esqueço nem confundo casos clínicos, não me perco ou desoriento.
Eu nunca fui de me acidentar. Nem quando era criança. Nenhum osso quebrado, nunca levei um ponto, sem atropelamentos, brigas desnecessárias com crianças maiores, nenhuma queda muito grave. Algumas marcas pelo corpo, quase sempre causada por terceiros - como quando meu irmão resolveu brincar de finca e decidiu que minha cabeça era lugar melhor pra cravar o ferro do que o chão. Ele jura que eu passei na frente sem avisar.
Exceto pequenas distrações que geram tropeções, chutes em móveis e trombadas - sempre leves, nada de muito sério.
Ultimamente, ando temendo pelo meu bem-estar. Tenho mais hematomas pelo corpo, que minha afilhada de 7 anos. A cada dia, uma dor nova, resultado de uma batida com a cabeça, o braço, uma canelada. Tenho evitado facas e outros objetos pérfuro-cortantes. Dirigir é um risco enorme. Vai que me distraio com uma música numa das curvas acentuadas da estrada de Nova Lima, e só percebo quando estiver barranco abaixo...
Eu queria acreditar em anjos-da-guarda. Mas acho que ando precisando mesmo é de um herói!

terça-feira, março 25, 2008

Em preto e branco!


Tá bonita a cidade hoje! Várias camisas do Galo passeando por aí, muitas bandeiras alvinegras tremulando nas janelas... tudo em homenagem ao centenário do Glorioso.
Parabéns ao Galo!!! E que venham fases melhores para o querido Clube Atlético Mineiro. Que aconteça a ele um milagre, como os milagres que ele faz.
Citando Roberto Drummond que hoje, transformado em bronze na praça da Savassi, num eterno passo em direção à Avenida Cristóvão Colombo (não sei se vai ao McDonalds), está vestido com a camisa do tão amado clube, comemorando conosco o centenário:

"Já vi de tudo nos campos de futebol.
Já vi valente tremer.
Vi covarde virar herói.
Vi ateu rezar.
Vi os brutos amar.
E já vi, sim, eu vi, um cego no Mineirão "assistindo" a um jogo do Atlético."

Vida longa ao Glorioso Clube Atlético Mineiro, o meu Galo!

domingo, março 23, 2008

Por um mundo melhor. Por um mundo pior.

Aproveitei o feriado pra assistir mais dois filmes que tavam na minha lista. Vi "Across the universe" e "Into the wild". Gostei muito do primeiro e o segundo foi mais ou menos como eu esperava.
Primeiro o "Across the universe": a trilha não precisa comentar. Beatles não tem erro se você não é nehum desinformado ou mal amado. Pode até não ser uma banda que você adore, pode não ter uma sonoridade que você curta. Mas não dá pra achar ruim e não dá pra não reconhecer que foram uma revolução pra música, pro comportamento, pro pensamento de todo o mundo ocidental. E souberam criar uma história que utiliza muito bem as letras de Lennon e McCartney. Sejam as belas canções de amor, sejam as melosas baladinhas, sejam os rocks críticos e políticos, sejam as licérgicas. Uma bela fotografia. Participação interessante de Bono, com um personagem bem divertido. E até mesmo uma história bonitinha que, no fim das contas, é o que menos importa no filme.Vale pela homenagem e reconhecimento aos quatro seres iluminados que fizeram do mundo um lugar melhor.
Agora o "Into the wild": interessante como curiosidade profissional se você é, como eu, um profissional de saúde mental e/ou das ciências humanas. Nada mais que isso. A fotografia me decepcionou. Esperava muito mais pelo que tinha visto em trailers e divulgações do filme. A trilha é do Eddie Vedder e eu acho MUITO boa. Tá muito bem encaixada e coerente com o filme, embora seja incrivelmente superior a ele. Eu não consigo entender o entusiasmo das pessoas com histórias assim. Que a sociedade é a perdição do homem já é sabido desde sempre. Doc (Freud) já falava em seu "O mal estar na civilização" e outros textos, e não disse nada muito novo. Mas não nos esqueçamos que, exatamente ser seres sociais e dotados de linguagem (expressão mais sofisticada da cultura e, portanto, da vida social) é o que nos distingue como seres superiores, capazes dos mais variados sentimentos, emoções e outras coisinhas próprias dos humanos. O que fazemos com essas coisinhas vem de nossas escolhas. Imaginem se todos resolvem que pra ser felizes e livres, devem viver fora da sociedade. Que mundo maravilhoso teremos! Cada um que se salve.
Ainda bem que casos assim, mesmo sendo reais, são raros. Talvez por isso gerem fascínio e curiosidade. Vejamos com olhos críticos. Ou com olhos de mera curiosidade. Nada mais. Não merece o status de "solução para a vida" que vi em alguns comentários por aí. Não sei se posso dizer que o filme é ruim. Mas, sinceramente, não me divertiu e nem me acrescentou nada. Estava curiosa pra ver, mas já esperava que fosse ter essa opinião. Uma pena que não tenha me surpreendido.

Nem 80 por 1!

Num comentário aqui no Quiche, o Gui me disse ter apostado no Rubinho no GP da Malásia e perguntou se tinha chance. Pagavam 80 por 1. Acredito que foi alguma brincadeirinha ou ironia.
Ou talvez todo esse otimismo, fosse mesmo pra animar alguns apostadores.
O Rubinho não vale nem 1 milhão por 1. É sempre dinheiro jogado fora. A menos que a aposta seja se ele quebra, se ele recebe punição, se ele bate, se ele roda...
Aquilo é um fenômeno que ciência nenhuma explica. Nem as ocultas.
Veja o GP da Austrália, por exemplo. Algum exu caveira resolveu recriar o inferno naquele dia, mas decidiu que pouparia o Rubinho. Tava a fim de confundir as pessoas. Imune às urucubacas que atingiram 15 dos 22 corredores - o que significa quase 70% dos participantes, ele resolveu se enrolar sozinho. Não contente em arrastar um mecânico ao fim da troca de pneus e, por isso, receber a punição de um stop and go, ele decidiu que era pouco. Muito pouco. Afinal, ele terminou a corrida. Então, já que não conseguiu parar antes como os quinze, deveria, no mínimo, ser desclassificado. Pra isso saiu dos boxes com o farol vermelho. Pronto. Continuou rumo ao recorde absoluto de GPs sem pontuar.
Neste último GP, na Malásia, resolver ser light. Quis chegar até o fim e se contentou com um excesso de velocidade nos boxes e uma punição por isso. Terminou em décimo terceiro. Uma posição bem surpreendente pra ele.
Foi quase hein, Gui! Isso é o mais perto que Rubinho vai chegar da primeira posição. Fazendo uma analogia, é mais ou menos como apostar no Ameriquinha pra campeão de qualquer coisa (nem sei mais o que ele disputa...).

Massa deve andar conversando e pegando umas dicas com Rubens. Se não ficar esperto, vai ganhar cargo definitivo de segundo piloto. Fiquei contente com o resultado de Kimi numa corrida que, de modo geral, foi medíocre. Mas continuo esperando emoções e dobradinhas vermelhas... a temporada tá só começando!

quarta-feira, março 19, 2008

But, honestly...


Tenho ficado mais intolerante e impaciente a cada dia com a necessidade das pessoas de se queixarem. E olha que eu até curto reclamar. Tá certo... quando digo isso é uma queixa. Mas alguém precisa dizer: parem de reclamar!
"O tempo tá muito seco. Precisamos de chuva." "Essa chuva que não pára!" "Que calor!" "Que vento chato." "O trânsito tá pior a cada dia."
Reclamar virou conversa de elevador. Ninguém mais diz "Que dia agradável, não?" ou "Viu como a lua tá bonita hoje?". E como é chato perguntar a alguém como está, e a pessoa sempre responder com uma queixa. Mesmo quando é precedida de um "tudo bem". E não tô dizendo quando você pergunta a um amigo que não vê há muito tempo e tá realmente interessado em saber o que tem acontecido com ele. Nesse caso, é normal que algumas coisas ruins tenham acontecido eventualmente. Tô dizendo de um taxista, uma manicure, a caixa do supermercado. Todos eles têm uma queixa. Por menos interessado que você esteja em saber da correria da vida dele/a ou de como é difícil se deslocar até o trabalho.
Parece inaceitável estar satisfeito com as coisas, apesar das adversidades. Manifestar bem estar soa como falsidade.
Se paramos e pensamos um pouquinho... sinceramente, a vida tá assim tão ruim quanto a pintamos? Porque pra mim, parece que, se ficar retido no trânsito tornou-se problema tão grave que dá dor de cabeça, estresse e outros sofrimentos para o corpo, a gente tá precisando olhar um pouquinho mais pro lado. Pensar mais no sofrimento alheio.
Não digo que sofrimentos são mesuráveis ou comparáveis. Cada um sabe o tamanho de sua dor. Mas também podemos escolher como tratá-la. O mundo tá cheio de remédios. É só procurar. E há sempre bálsamos dos quais nos esquecemos: carinho, cuidado, atenção. Pra receber, mas também pra dar.
Responde rápido e sem olhar: qual a cor da camisa do seu colega da mesa ao lado?
Ao invés de reclamar com ele da carga de trabalho ou do calor que faz no escritório, tente perguntar o que ele tá planejando pra páscoa.
Pára de reclamar de tudo e vá resolver os problemas. Economiza tempo, sofrimento e encheção a quem te cerca. Dificuldade todo mundo tem.

domingo, março 16, 2008

Aberta a temporada


Tenho alguns filmes aqui no computador que quero ver há tempos, e não chegam nunca às salas de cinema. Para evitar espera ainda mais longa, resolvi baixá-los.
Não adiantou muito, já que estão aqui há várias semanas. Mas neste final de semana resolvi iniciar as sessões. Assisti "2 dias em Paris", que ansiava ver desde setembro.
Curti bastante o filme de estréia da Julie Delpy como diretora. Tem um roteiro divertido, com um humor sarcástico, que não polpa franceses nem americanos. A protagonista, vivida pela própria Julie Delpy, é uma pessoa completamente louca. Tão divertida quanto a Elsa, do "Elsa e Fred", ou a Marla Singer, de "O clube da luta". Uma personagem que vai habitar meu imaginário por um bom tempo, seguramente.
Mas, por favor, não pensem que me identifiquei! Posso ter minhas esquisitices, mas sou bem menos complicada...
O filme é simples, com uma câmera por vezes duvidosa, um visual meio "sujo" e ângulos estranhos. Tinha hora que parecia produção de estudante querendo fazer cult movie. Mas definitivamente vale a pena. Hora e meia de diversão leve e um humor inteligente, nada hollywoodiano.

The wacky race

O que foi aquilo que aconteceu em Melbourne? SETE carros terminaram a prova. SETE... de vinte e dois.
Um começo horroroso de temporada. E horroroso pra Ferrari.
Foi sofrido assistir ao GP inteiro e ir dormir às 3:30 da madrugada pra ver aquilo.
Espero que não tenha sido um prelúdio do que vamos ver em toda a temporada. Espero que não seja resultado das mudanças e, se for, que se adaptem logo. Vamos torcer para que tenha sido um dia ruim e uma exceção, nada mais.
Que venha a Malásia, com tipos bem diferentes de emoção. E que Melbourne/2008 seja brevemente esquecido e superado.

Eu tive pesadelos!

So here I am

Estou de volta com os posts. Depois de longo período de correrias, e mudanças, e montes de coisas pra resolver, e falta de tempo total, e falta de criatividade, idéias e assuntos... tá tudo voltando ao normal e estou pegando o ritmo das coisas.
Sob antiga direção, continuemos a comer Quiche!