domingo, maio 25, 2008

Tempo bom.

Não é frequente a sensação de tempo livre bem aproveitado. Pelo menos não para mim.
Muitas vezes acho que desperdicei muito tempo em casa, sem fazer nada. Não é que eu pense que devemos estar em ação todo o tempo, ao contrário - sou super a favor de ficar de pernas pro ar. Mas é que adoro estar lá fora, no mundo, vendo coisas, vendo pessoas, vendo novidades.
Nesse fim de feriado prolongado, estou bem satisfeita com minhas atividades.
Ainda na quarta, pude ir à pista de vôo livre, na Serra da Moeda, local conhecido como Topo do Mundo, ver o belíssimo pôr-do-sol. Aquele mar de montanhas, o céu tranquilo, poucas e diáfanas nuvens (Gabo ficaria orgulhoso de mim: finalmente consegui usar "diáfano" numa frase)... um espetáculo que merece ser apreciado ainda muitas vezes.
À noite, fui à pré-estréia do Indiana Jones. SENSACIONAL! Harrison still got it! O filme dá a mesma sensação dos anteriores, nos idos dos anos 80 e 90. Muita diversão para os fãs do Professor Jones. Pena a leseira dos espectadores. Tem gente que vai ao cinema sem nem saber o que tá acontecendo. Uma fofa se sentou ao meu lado com seu namorado, marido, companheiro ou sei lá o que. Devia ter seus 40 e muitos anos, quase 50. Ao aparecer a logo da "Lucasfilm" ela indagou - Lucasfilm... será do George Lucas?!
Dá pra ser mais desavisada?! Ela vai ver Indiana Jones, um dos maiores sucessos da dupla Lucas/Spielberg e se surpreende com o que, na cabeça dela, é uma possibilidade de conexão entre o filme e SEU ESCRITOR E PRODUTOR.
Também são irritantes as reações aos absurdos de Indiana. Como alguém vai assistir a um filme do gênero e exclama coisas como "Ai... vê se é possível uma coisa dessas!...".
Não, infeliz, não é possível. Se quer ver realidade, vai ver um documentário! Isso aqui é uma obra FICCIONAL de AVENTURA.
Apesar dessas pequenas chateações, e da fila própria em pré-estréias, valeu muito a pena. A música ainda provoca a mesma sensação em mim dos três filmes anteriores, vistos na minha infância e pré-adolescência.
O final de semana ainda teve o "Homem de ferro", que também é bem legal. Acho que devia ter mais ação. Exageraram na historinha, que acabou ficando com jeito de enrolação em alguns momentos. Mas Robert Downey Jr. tá muito bom no papel, e a roupa vermelhinha é MUITO bacana. E podia ter mais do rife do Black Sabbath, que tem só uma entrada bem fraquinha no fim do filme.
Estive ainda na Bienal do Livro. Não estava grande coisa. O Salão do Livro, que acontece anualmente na Serraria Souza Pinto é bem melhor. Mas enfim, são montes e montes de livro. Então, eu fico feliz de qualquer jeito. E ainda adquiri um livro bem legal de poesias, escrito e ilustrado pelo Tim Burton. Foi uma ótima descoberta! Claro que devorei no mesmo dia.
Finalmente, o domingo teve um GP de resultados no máximo regulares, mas de muita emoção. Em geral, não gosto muito das corridas em Mônaco, entretanto, não consegui tirar o olho da tela. Pro campeonato foi legal, já que Massa colou em Kimi e a diferença pro Hamilton ficou pequena, fácil pra Ferrari reverter.
O almoço foi num Indiano muuuito legal, que fica no consulado da Índia, que é também o Centro Cultural Índia-Brasil. Um ambiente muito agradável, um cardápio cheio de coisas tentadoras, uma comida deliciosa e, no telão, divertidíssimos clipes indianos. Quero muito voltar lá numa noite dessas, pra experimentar os drinques. Pra quem mora em BH, fica a dica: Maharaj. Merece a visita.
E agora, meu Glorioso enfrenta o homônimo paranaense. Está ainda no intervalo mas, com o time que tem meu Galo, não espero lá grandes coisas. Independente do que acontecer, o saldo dos últimos dias já é muito positivo.
Tempo bem aproveitado, PP contente.

segunda-feira, maio 19, 2008

Candidata a liderar meu top10 da década

MUITO boa essa música! Tô pensando em já fazer meu top10 da primeira década do século XXI... essa aí é, seguramente, fortíssima candidata. A disputa entre ela e Severed Hand vai ser acirrada.

domingo, maio 11, 2008

Que chicote que nada! Poder mesmo tem a bota...


Num sábado desses, preparávamos um almoço em família, quando mami e eu, de passagem pela sala de tv, vimos a chamada de uma reportagem sobre a volta das botas de plástico, aquelas conhecidas como "sete léguas". No momento da reportagem, meu pai estava na sala. Outros familiares leram ou viram algo sobre o mesmo assunto. Todos lembraram de mim e disseram: - Vou comprar uma vermelha pra você!
Por que? Porque quando eu tinha 4 anos, meu sapato preferido era uma sete léguas vermelha. Chuva ou sol, frio ou calor, lá estava eu, com minha sete léguas vermelha. Tinha as canelas mais finas que uma criança pode ter. Minha perna ficava ali no meio, sambando naquele cano super largo. O pé suava feito tampa de chaleira ali dentro, e quando chovia, entrava água até transbordar. Era um chulé desgraçado. Mas eu nem ligava. Ia com minha sete léguas vermelha pra todo lugar.
Acho que nunca expliquei pra ninguém o motivo. Então, aqui vai: era super fã da Mulher Maravilha. Sempre que podia, meu outfit era a fantasia que eu havia ganhado. Mas a bota que vinha com a roupa era feia e frágil, não me parecia digna de uma super-heroína que tinha que salvar o mundo e protagonizar diversas aventuras. A sete léguas vermelha, portanto, me parecia muito mais apropriada - resistente, maior e MUITO mais bonita.
Cheguei a ir algumas vezes pra escola, vestida de Mulher Maravilha. Já que tinha de usar uniforme, pelo menos que fosse um mais digno do que aquele shortinho xadrez ridículo, né?
Mas, como não podia usar minha fantasia em todas as ocasiões, pelo menos de uma parte dela eu não abria mão de jeito nenhum: a bota! Ela acompanhava qualquer roupa. É como se os superpoderes estivessem nela...
Acho que hoje eu não curtiria tanto usar uma sete léguas vermelha. A menos que me dessem também uma roupa da Mulher Maravilha!

quarta-feira, maio 07, 2008

Putaquiupariu, olha essa bateria!!!

A bateria do Rush sempre me impressionou. Desde os tempos da adolescência, quando a banda era uma das que eu mais escutava, junto com o Cult.
Tá... jeca pacas! Tem solinhos estridentes, tem gritinhos, tem vocal meio rock progressivo dos anos 70/meio metal, tem tecladinhos. Mas, admite, você também acha bom pacas! Quem cuja adolescência transcorreu durante os anos 80/90 não curtiu Rush?
Eu curti muito. Desde os tempos da fita k7.
Essa música aí do vídeo sempre foi uma das minhas preferidas e é, definitivamente, minha trilha nos últimos dias.
O multi-task Geddy Lee tá praticamente um Ozzy, né?
E reparem na pinta "na verdade sou estivador e tô aqui só fazendo um bico de baterista, sem nenhum esforço" do Neil Peart.
Do ca#*"@§...

Duplo vexame atleticano


Com muito mérito venceram Palmeiras e Flamengo, seus campeonatos estaduais. Dois times com os quais não me simpatizo, mas que devo reconhecer - galgaram sua vitória com competência. E venceram, nas finais, dois times que chegaram até ali no susto, sem um trabalho bem feito. Não sei se desmerecidamente, pois é difícil falar de merecimento em futebol, onde há tanta emoção envolvida.
O meu Galo, seguramente, não teria merecido o título. As finais foram um retrato do que é o time hoje: um amontoado de jovens com moderado talento, nenhuma experiência e zero de controle, mais um bando de velhos jogadores que passaram da hora de aposentar. E, vale mencionar, mencionar um técnico incompetente, volúvel e antipático.
O Glorioso devia ter se contentado com o segundo lugar que, na atual situação, é mais do que se poderia esperar. Podia ter jogado honrosamente pra evitar vexame e receber a taça de vice de modo limpo. Mas não, tinha que envergonhar os muito milhares de torcedores que compareceram ao primeiro jogo com um 5 a 0 diante do maior rival e, não satisfeito, o elenco se mostrou completamente descompensado no segundo jogo. É claro, que a torcida adversário provocou e, infelizmente, o time adversário também entrou no clima e achou que ganhar no placar era pouco. Sim, é de uma pobreza de espírito sem tamanho a atitude dos jogadores cruzeirenses. Mas isso é frequente no clássico mineiro e, se um time não tem qualidade técnica pra vencer, devia ao menos ter controle emocional pra não fazer tão feio. Se não aguenta, bebe leite!
Mas não foi só o meu Atlético que deu vexame. O que aconteceu após a final do paranaense foi talvez mais patético do que aconteceu aqui, porque partiu de dirigentes. Não permitir a cerimônia de entrega de troféus e medalhas é uma baita demonstração de pequenez da alma também. Ah, vá... pra evitar violência?! Como diriam uns curitibanos amigos meus: vai mentir pros presos, seu Petraglia!
Ali, o resultado final não foi um retrado do que aconteceu no campeonato. É bem verdade que o Atlético foi superior ao Coritiba e merecia a taça. Mas futebol não se trata só de justiça lógica e racional. Trata-se também de emoção, de enfrentar o rival em grandes finais, de às vezes perder aquele único jogo que não se poderia perder e ter de ver a comemoração do pior inimigo dentro de sua casa. Deal with it! Feio e vergonhoso.

E hoje sou Boca desde menininha. Dale, dale, dale Boca!!!