segunda-feira, junho 30, 2008

Coisas que vêm do sovaco

Existem muitas expressões estranhas na língua portuguesa que, apesar de usarmos frequentemente, não sabemos a origem. Expressões tais como "do balocobaco", "tirar água do joelho", "com o *# virado pra lua", e ainda outras que parecem ter sido tiradas do sovaco - mais especificamente de algumas pessoas do sul do país, como "mentir para os presos", "mentir pra se enturmar".
Taí... "tirar do sovaco". Por ter muitos amigos criativos, e por ser eu mesma relativamente criativa, é uma expressão que uso muitíssimo e não sabia a origem. Pesquisei e conto aqui para vocês.
A expressão remonta dos jogos de adivinha comumente jogados entre mestres e alunos da Grécia Antiga. O mestre propunha um enigma a vários alunos e escrevia duas respostas, uma era a correta e a segunda inventada pelo mestre. Ele guardava as respostas, cada uma embaixo de uma de suas axilas.
Cada aluno então, inventava sua própria resposta e todas elas eram lidas em voz alta por um auxiliar. O mestre devia aplaudir as que considerasse mais interessantes e, por isso, suas duas respostas estavam sob as axilas, para que tivesse as mãos livres.
Todos votavam naquela que lhes parecia a melhor e mais criativa. Os autores das duas resposta mais votadas, passavam então à final, tornando-se assim, discípulos preferidos do mestre. E todo mundo sabe o que isso significava na Grécia Antiga, né?
Enfim, o mestre tirava as duas respostas de seu sovaco e as lia para os alunos finalistas, que deviam escolher a que lhes parecesse mais correta. O que escolhesse a verdadeira resposta, era o vencedor. Mas é claro que o que escolhia a resposta do mestre, ganhava sua simpatia e outras coisinhas mais.
Por ser um jogo que, além de acrescentar conhecimento, também estimulava a criatividade, tirar algo do sovaco tornou-se sinônimo de criar respostas interessantes, embasadas mais na criatividade do que na realidade ou na verdade.
Interessante como isso perdurou, não?
Mas há também uma segunda versão, que diz que a expressão originou-se no Norte de Minas, nas redondezas de Montes Claros. Onde havia uma mulher supostamente milagreira, conhecida pelos locais como Santa Carolina da Abadia. Diz-se que essa mulher tinha um sovaco milagroso, capaz de curar, de solucionar problemas e de trazer o homem amado àquelas que há muito o esperavam. Quando ela abria os braços e expunha suas axilas, dali emanava um poder que atingia a todos os que estavam por perto, trazendo-lhes as graças desejadas.

Dia desses eu conto pra vocês minhas teorias sobre a transmissão genética da capacidade de sovacar coisas!

quinta-feira, junho 26, 2008

What is time, anyway?!

Esse vídeo é demais! Tem um Beatle (o melhor, na minha opinião) fazendo esquisitices - o que tem sido habitual em seus vídeos, não?
E ainda tem coreografias...
A letra é bem boa e a música muito divertida e dançandinha.
Tô curtindo muito o último álbum de Sir Paul.

quarta-feira, junho 25, 2008

Bergamota's Day


Aos 24 (vinte e quatro) dias de junho de 2008 no bar La Tosqueria, localizado no município de Belo Horizonte, reuniram-se as Sras. Fêfa, Laurinha e Potty, representantes de coisa nenhuma. Posteriormente às três juntaram-se o Sr. irmão da Laurinha e sua digníssima namorada e ex-colega de escola da Sra. Potty, o Sr. Brejeiro, a Sra. Gláucia Anete e a Sra. sua amiga, e ainda o Sr. marido da Sra. Potty, Sr. Dudu.
Pelas três primeiras foi dito e, de comum acordo, foi assentado o seguinte:

1) Com data de hoje foi instituído o Bergamota's Day, com Estatuto a ser elaborado e lavrado em ofício de notas desta cidade, assinado pelos sócios fundadores e demais componentes.
2)Embora do Estatuto constarão todos os elementos necessários para reger a vida futura do evento, pareceu bem aos instituidores fixar, nesta Ata de Instituição, aclarações que possam contribuir para o melhor conhecimento dos objetivos da mesma, servindo como que referência da qual se utilizem no futuro os integrantes, já que doravante os destinos da mesma ficam entregues aos órgãos previstos no Estatuto com seus poderes devidamente fixados e que devem ser respeitados;
3) O Bergamota's day repetir-se-á a cada terça-feira, com início por volta das 19:00 (dezenove horas) e sem horário para terminar.
4) O local inicialmente fixado para o evento é o bar La Tosqueria, que oferece em seu cardápio a iguaria, embora eventualmente falhe na manutenção de seu estoque de bergamotas. Poderá, no entanto, ocorrer a troca de local desde que acordado entre os membros.
5) Poderão comparecer o Bergamota's Day os componentes regulares, que assinarão o estatuto, bem como as atas de reunião (referidos aqui por "membros"), e convidados pré-definidos e aprovados pelos membros que, juntamente com esses, constituem os "participantes".
6) O consumo de Bergamotas é obrigatório por, pelo menos, 80% da mesa, com margem de erro de 15%.
7) Poderá, ocasionalmente, ocorrer o consumo de outra bebida em substituição à Bergamota, sobretudo no caso de alteração do local das reuniões, caso o local substituto não ofereça o acepipe em seu cardápio.
8) Desde já, estabelece-se preferência ao Mojito, como substituto oficial da Bergamota, quando tal substituição se fizer necessária.
9) Para aclaração, fica registrado que, como Bergamota entende-se bebida constituída por: rum, bergamota, manjericão e gelo. A adição de açúcar ou adoçante é facultativa.
10) A pauta para as reuniões semanais deverá ser estabelecida ao longo da semana precedente via troca de e-mails, conversas virtuais via MSN, telefonemas e qualquer outra forma de comunicação que possa ocorrer entre os membros tais como reuniões sociais em outros estabelecimentos, visitas residenciais para fins de jogos, cinema, etc.
11) Fica desde já estabelecido que, na ausência do Sr. Ézio Fabrício, seu substituto oficial é o Sr. Brejeiro, apesar das particularidades e especificidades de cada um, e da aversão do primeiro às bergamotas.

Comprometemo-nos a criar o quanto antes o Estatuto que regerá o comportamento dos participantes durante as reuniões, a tomada de decisões e tudo o mais relativo ao Bergamota's Day.
Para maior clareza firmamos o presente,
__________________________________
Fêfa

__________________________________
Laurinha

__________________________________
Potty

Belo Horizonte, 24 de junho de 2008.

segunda-feira, junho 23, 2008

Vocês também têm essa sensação?

Às vezes dá uma preguiça danada, né? Parece que tá tudo igual e que nenhuma mudança substancial acontece. Eu me sinto assim algumas vezes.
Mas sabe o que faz diferença? O olhar da gente. É quando resolvemos procurar algo extraordinário, quando nos abrimos pro excepcional, que as coisas ficam melhores, mais coloridas e saborosas.

Muito "Pollyanna"?! Vou tentar outra abordagem então: trabalhe a sua visão subjetiva das coisas e escolha se sua vida vai ser flat ou absurdamente extraordinária. Coloque a mente pra trabalhar e páre de reclamar do mundo, que o que é mais ou menos fica melhor, e o que é ruim, pode continuar ruim, mas incomoda menos!

sábado, junho 21, 2008

Num sei. Só sei que foi assim...

Acabei ontem de ler "Uma breve história do mundo", de Geoffrey Blainey, um historiador australiano e professor de proeminentes universidades, como Harvard.
A tradução é bem ruinzinha, mas não o suficiente pra desencorajar a leitura. Apesar de ser uma visão superficial da história da humanidade, dado o limite de páginas - não passam das 350, vale muito pela possibilidade de entender como viemos parar aqui. O livro nos dá as pistas e nos mostra o caminho seguido pela raça humana até o início do século XXI.
É como se, na escola, me tivessem dado algumas peças de um quebra-cabeças e agora, finalmente, depois de anos juntando algumas dessas peças e intuindo outras, alguém tivesse me mostrado o modelo completo, na tampa da caixa. Foi só um vislumbre, mas serve pra eu saber o que tenho que montar e continuar tentando.
O autor segue a ordem cronológica dos fatos históricos, contando o que se passava em cada canto do globo numa determinada época, ligando os pontos e fornecendo uma visão em plano geral. Assim, também podemos entender como uma etapa levou à seguinte.
A visão global e isenta, diferente da segmentada e parcial que tive na escola, torna muito mais compreensível cada passo na evolução do mundo, já que encadeia suas etapas dando mais sentido e fluidez à História, bem como à história. Sim, é quase possível ler como um romance, um épico de uma espécie em evolução e suas pequenas e grandes conquistas. Mas o interesse sociológico, antropológico, filosófico e psicológico me impuseram um distanciamento e um olhar curioso, buscando o máximo de informação factual, pra ver se entendo um pouquinho como diabos chegamos ao ponto em que estamos.
Entendi muita coisa, me surpreendi com outras e me maravilhei com outras mais. Conclusão? Só de que somos finitos e ilimitados, inventivos e acomodados, aguerridos e resignados. Uma contradição só. Mas sempre surpreendentes e imprevisíveis.
A História causa júbilo, orgulho, desprezo, repulsa... Mas, sobretudo encantamento. Passamos de seres nômades que dependiam de um raio cair numa árvore e acender uma chama para ter calor e luz, a seres que conversam e vêm, em tempo real, um semelhante do outro lado do planeta. Ler esse percurso em pouco mais de trezentas páginas chega a assustar e tirar o fôlego.
Não há remédio. Sou imensamente apaixonada por pessoas e interessada em tudo o que lhes diz respeito.
Estamos num ponto sem volta? O mundo tem jeito? Agora é só ladeira abaixo ou atingimos o fundo do poço e estamos iniciado um escalada de recuperação? A cada dia, podemos pensar "It's the end of the world as we know it". Eu devo admitir "and I feel fine". Não importa. O que temos para trabalhar são nossos desejos, nossas capacidades e limitações, e a contingência. O que vai resultar disso, nossos netos lerão em algum livro de História.

segunda-feira, junho 16, 2008

CACI


Dia deveras agradável no Inhotim, no último sábado. Muito mais que um museu, o Centro de Arte Contemporânea do Inhotim reúne as belas paisagens criadas por Burle Marx num imenso jardim, onde se localizam modernas e interessantes construções que abrigam as galerias, restaurantes, lanchonetes, recepção. Ainda espalhadas pelos jardins, estão obras de vários artistas contemporâneos... esculturas, estátuas, instalações.
É um programa delicioso poder apreciar arte entre orquídeas, bromélias, palmeiras e lagos, sob o céu super azul do outono nas montanhas. O clima também ajudou muito, com uma temperatura amena e agradável, própria da estação.
É a segunda vez que visito o Inhotim, mas dessa vez acompanhada de Dudu, o que me rendeu muita informação e discussão acerca da arte contemporânea. Confesso que tenho um pouco de dificuldade com essa arte, pois sou muito presa à estética das obras. E também porque as informações previamente reunidas sobre estilos anteriores, ajudam a "ver" a arte. Já sobre a arte contemporânea tenho pouca informação e, também, acho que no caso desse estilo a informação não contribui tanto. Eu sei bem que não devemos buscar entendimento, mas também é preciso receber algo. Muitas vezes, a arte contemporânea não "conversava" comigo. As discussões de sábado me fizeram ser mais compreensiva e paciente, bem como entender melhor porque não me conecto tanto com o estilo.
As galerias são muito bem estruturadas, abrigando obras e instalações bem diferentes entre si. Tem pra variados gostos. Adorei os fuscas. Também curto muito a Galeria True Rouge. Mas não dá aqui pra comentar uma por uma. Tenho minhas preferidas. O acervo é muito grande e variado. E ainda não conseguimos visitar uma das galerias. Fica pra uma próxima visita. Com tempo reservado pra sentar num dos bancos feitos de enormes troncos de árvore, ou nas cadeiras à beira dos lagos. Outro espaço agradável é um deck cercado de árvores, cheio de orquídeas suspensas, com confortáveis cadeiras giratórias, perto da área do restaurante. É torcer pra ter que esperar vagar uma mesa, só pra ficar por ali um pouquinho.
É programa pra um dia inteiro, pois andar tudo aquilo leva tempo. E também é imperativo dedicar certo tempo a simplesmente sentar e apreciar. Dentro e fora das galerias.

sexta-feira, junho 13, 2008

Definitivamente, talvez


Fui dia desses assistir, meio por acaso, um filme chamado "Três vezes amor" (Definitely, maybe). Só fui por causa da falta de opções e por causa do horário. A primeira surpresa, foi não ter ouvido ou lido sobre o filme, que conta com um elenco relativamente conhecido, incluindo aí a protagonista do divertido "Pequena Miss Sunshine" e sua dança inspiradora. A segunda surpresa, foi a exibição estar restrita às salas mais "cult" de BH. E a terceira surpresa, foi a beleza do filme.
Podia ser só mais uma comédia romântica, mas passou a figurar entre meus preferidos da categoria, ao lado de "Escrito nas estrelas". Aliás, percebi algumas semelhanças entre os dois... como um amor que parecia predestinado e que resistiu ao tempo e a outros amores vividos por dois dos personagens, a busca por um livro em sebos...
O filme já me ganhou desde o início, com a argumentação sobre trilhas sonoras perfeitas para cada momento. Eu mesma aplico isso à minha vida. Tenho várias trilhas para vários momentos, que são escolhidas de acordo com algumas variáveis. Mas essa é outra discussão.
"Três vezes amor" tem uma história simples, poucos cenários, produção pequena e barata, mas tem uma mensagem, ou um certo número de mensagens que são singelas mas muito belas. Trata do amor não de uma forma épica, mas de uma forma plausível, que se encaixa perfeitamente e de forma convincente no cotidiano de personagens com gostos, rotinas e escolhas diversas. A emoção fica mais por conta da menina do que das histórias de amor, propriamente. Faz-nos questionar as relações amorosas banalizadas e convenientes tão comuns atualmente.
O filme recebeu duras críticas mas, para mim, uma atenta observadora das relações e do comportamento humanos, tem uma rara beleza e simplicidade nessa história que tem sido ignorada pela maioria dos frequentadores dos cinemas. Pelo menos aqui em BH.
Vale a pena ver com mente e coração abertos. As mensagens mais banais e óbvias, são às vezes as que mais precisam ser espalhadas, pela facilidade com que são esquecidas no nosso dia-a-dia, onde "um amor de verdade", baseado em emoções e projetos de vida tem sido preterido em detrimento de relações mais apropriadas às escolhas profissionais e outras praticidades. É a era da conveniência nas relações, assim como em qualquer outro campo da vida social. Como se as relações se equiparassem a qualquer outro elemento dessa vida.
Felizmente há quem tenha visão diferente. Pena nem sempre filmes assim receberem o devido crédito e serem considerados só mais uma comédia romântica. E podem facilmente sê-lo, dependendo dos olhos de quem vê.

quinta-feira, junho 12, 2008

Música para o dia dos namorados

Desculpem o visual meio Jack Johnson... mas é melhor que a visão da versão original. Ver o Robert Smith num dia que deve ser romântico é desanimador!

O que importa é a bela letra dessa "Love Song".


Obs: o vídeo postado não tá mais disponível. Não sei como substituí-lo, então aqui vai o link: http://www.youtube.com/watch?v=mZqEqypU4cs

quarta-feira, junho 11, 2008

Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.

Definitivamente "Ensaio sobre a cegueira" é dos meus livros preferidos. Saramago é, pra mim, o melhor autor da atualidade. Portanto, aguardo com imensa ansiedade a versão cinematográfica desse romance intenso, aflitivo, causador de tanta emoção e tão cheio de boa filosofia.
Vai ser interessante ver aquelas palavras transformadas em imagens. Mais especificamente, nas imagens de um diretor que sabe capturar o olhar. Mesmo quem não é admirador do cinema nacional deve ter se rendido à força do seu "Cidade de Deus". Não digo que foi brilhante mas, seguramente é um filme que merece atenção.
Para setembro está prevista a estréia. Saramago aprovou. Pareceu emocionado após a exibição e se declarou muito feliz por ter visto o filme. Fernando Meirelles agradece. Bem melhor que o comentário de Gabo, depois de assistir "O amor nos tempos do cólera", de que teriam de fazer uma segunda parte com o que faltou.
Bem, de qualquer forma, o cinema tem o efeito de tornar mais conhecidas obras literárias. Tem, cada vez mais, um público maior e mais fiel que a literatura, mas pode serví-la. Que o diga J.K. Rowling!

terça-feira, junho 10, 2008

Manual para complicar um conto de fadas.

Fui sexta-feira passada, na estréia do "Sex and the city". Me desculpem as fãs ardorosas, mas o filme consegue ser mais chato que a série. Loooongo... achei que não ia acabar nunca mais! Cansativo e sem graça.
A série teve seus momentos divertidos e valia a pena por vários dos homens que por ela passaram. Também por situações inusitadas que as quatro enfrentavam. Mas era longe, muito longe, de ser aquilo tudo que falavam. Se aquelas quatro devem servir de exemplo para a "mulher moderna", eu tenho medo de onde o mundo vai parar.
Lamento dizer, mas elas são extremamente complexadas, reclamonas e mal amadas. A única que salva um pouco, é a Samanta. Mesmo assim com ressalvas.
Acompanhem meu raciocínio: quatro mulheres lindas, profissionalmente reconhecidas, vivem em Manhatan, têm ao menos três pessoas com quem contar em qualquer situação, frequentam os lugares mais badalados de Nova York, saem praticamente todos os dias, podem comprar Monolo Blanc, Jimmy Choo e outras grifes e, para sustentar tal estilo de vida, seguramente têm uma boa remuneração. Ainda assim, conseguem transformar a vida num drama e reclamar de tudo quanto é homem que aparece na vida delas. E não são homens quaisquer... estamos falando do Chris Noth, Baryshnikov, John Corbett...
A única que conseguiu ter um relacionamento bem sucedido foi a mais obsessiva e paranóica das quatro!
Me respondam mulheres: qual de vocês já teve a oportunidade de dizer a uma amiga - Conheci um artista plástico francês e ele me convidou pra ir morar em Paris.
Ou estava andando pela rua quando uma limosine parou do seu lado e um homem impossivelmente charmoso ofereceu galantemente uma carona?
Essa Carrie é uma chata dramática. Sinto muito.

sexta-feira, junho 06, 2008

Hello!... Hi, hi, hi!

Tô num momento super R.E.M. Essa aí é uma das favoritas.
Michael Stipe tá meio Ney Matogrosso nesse vídeo, eu sei. Essa magreleza, essa dancinha desengonçada... mas eu pegava!