quarta-feira, agosto 27, 2008

Música para ouvir... e ver.


A coisa mais comum de ouvir de um belorizontino: BH não tem nada pra fazer!
Aliás, minto. A coisa mais comum de ouvir é que BH é uma roça. Que a cidade não tem nada pra fazer, é a segunda coisa que mais se ouve por aqui.
Pois bem, sem me esforçar muito, cito alguns eventos regulares anuais ou bienais: Festival Internacional de Teatro de Palco e Rua - FIT, Festival Internacional de Teatro de Bonecos, Festival Internacional de Dança - FID, Festival Mundial de Circo do Brasil, Mostra de Cinema Independente, Indie - Festival Internacional de Cinema, Festival Internacional de Curtas, Fetival Internacional de Quadrinhos, Feira do Livro, Bienal do Livro, Festival Internacional de Jazz, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Primeiro Campeonato Mineiro de Surf, Comida di Buteco, Brasil Sabor, Pop Rock Brasil (aaargh), Axé Brasil (aaaarrrrrgh)...
E ainda, mais dois eventos que se iniciam nos próximos dias, ambos de música, para diferentes gostos: o Eletronika e a Festa da Música.
Confiram aqui a reportagem sobre o Eletronika e aqui sobre a Festa da Música, ambas no Divirta-se.
Então, pára de reclamar e mexa esse traseiro gordo! Fica em casa quem quer. As opções são boas e algumas até gratuitas. Nem a falta de grana é desculpa, só a falta de vontade mesmo.

domingo, agosto 24, 2008

Te quiero sur...

A cada viagem à vizinha Argentina, descubro novas e boas surpresas. Dessa vez foram duas: os municípios de San Isidro e Tigre.
O primeiro é uma pequena cidade que guarda enorme semelhança com Carmel, na Califórnia. Super charmosa, bem cuidada. E como se não bastasse ser linda e agradável, ainda tem uma rua cheia de árvores de bergamota! É um lugar pra se viver, definitivamente.
Fica pertinho de Buenos Aires, acessível pela rodovia e pela ferrovia, no Tren de la Costa. O caminho vai margeando o rio e tem uma bela vista. O trem não tem funcionado devido a diversas greves. De qualquer maneira, a rodovia faz o mesmo percurso e é muito bem conservada.

Já no município de Tigre, encontra-se um mercado enorme, a céu aberto, muito interessante. O Mercado de Frutas de Tigre, oferece ótimas opções gastronômicas com barracas de guloseimas típicas.
O ponto alto de Tigre, no entanto, é o passeio de barco pelo Delta. Um conjunto de canais, encontros de rios e ilhas, com uma paisagem deslumbrante, belas casas de palafita, um parque de diversões muito semelhante ao Hopi Hari, um palácio que abriga um museu, um cassino... tudo às margens dos rios e canais. Ali, o meio de transporte é o barco. Há barcos coletivos, táxis, até serviço de delivery. Um lugar que deve ser ainda mais sensacional para passar o verão. A apenas 30 minutos da capital.

De Buenos Aires propriamente, não há muito mais o que falar. A cidade é apaixonante. Impossível cansar-se de lá. Há sempre o que fazer. Além, é claro, dos programas obrigatórios, como visitar os belos bosques do Palermo.





Uma caminhada pela Alvear, após um saboroso e aprazível almoço na Recoleta, ainda reserva surpresas como estas: uma Ferrari no posto de gasolina. Não é coisa que se vê todo dia.

Ai... quero morar em Buenos Aires! Os prós são tantos e é tão pertinho, né? Hehehe.

sábado, agosto 16, 2008

Eles estão possuídos!

Essa música é MUITO boa, né? Dançá-la pode ser bem catártico.
Me desculpem os aficionados pelo Foo Fighters, mas eu prefiro o Dave Grohl baterista. Reparem em suas longas madeixas... ao menos nisso eu admito: ele melhorou!

quinta-feira, agosto 14, 2008

Llevo el sur, como un destino del corazón


Amanhã estarei de volta a Buenos Aires.
Não consigo me cansar da capital porteña. Não vejo a hora de passear pelos jardins de Palermo, pelas avenidas cosmopolitas, comer empanadas e alfajores... sem mencionar a agitada e estendida noite.
Mas terça-feira estou de volta e, espero, com idéias para novos posts.

Até lá!

terça-feira, agosto 12, 2008

Há tesouros nas escavações pela world wide web.


Descobri há um tempo, super por acaso, um filme chamado "The man from Earth". Não há título em português, pois o filme não chegou ao Brasil.
Desde que comecei a ler comentários sobre ele, fiquei bem interessada. Havia muitos preditivos de que era bom: escrito por Jerome Bixby, autor de episódios de "Star Trek" e "The Twilight Zone", e ainda algumas pessoas que o comentavam, o associavam a outros como "Donnie Darko" e "K-Pax", filmes dos quais gosto bastante.
Logo baixei o filme (legendas em português também são facilmente encontradas) e o assisti. Realmente é tão interessante quanto pareceu quando li os comentários pela web.
Não há nenhuma produção, o cenário é praticamente um só, mas tem um roteiro que sustenta o filme. Mesmo. É intrigante, cheio de referências legais, faz uma passada por quase toda a história da humanidade, mistura ficção científica, história, um pouquinho de suspense... e deixa aquela "pulga atrás da orelha" como em "Efeito Borboleta" e "K-Pax".
Tem um elenco essencialmente de atores de tv, que encarnam muito bem os professores universitários doutores nas mais diversas áreas de conhecimento relacionadas ao homem - Sociologia, Psicologia, História, Biologia, Teologia, que discutem com interessantes argumentos a história contada por John Oldman, o protagonista, que está no mundo há mais de 14000 anos e que alega ter presenciado fascinantes momentos e ter conhecido ou encarnado importantes personagens da História.
A história que John conta a seus amigos, acaba sendo um teste de seus conhecimentos e, sobretudo, de sua fé. Seja a fé religiosa, seja a fé na ciência, seja na fé nos próprios conhecimentos, no próprio ego.
É bom encontrar filmes assim, feitos apenas para agradar o cérebro e não os sentidos. O que eu pensava que poderia ser meio chato ou entediante, acabou sendo hora e meia de exercício mental extremamente estimulante.
Não há ali os grandes questionamentos que um texto escrito pode proporcionar, mas tem o máximo que aquela linguagem permite. Poucos filmes chegam tão próximo de extrapolar os limites que tal mídia impõe.


terça-feira, agosto 05, 2008

A joke, by The Joker


Só ontem fui ver "Batman - o cavaleiro das trevas". É o melhor dos filmes do Batman. Um roteiro primoroso, à altura dos melhores quadrinhos já escritos sobre um dos super-heróis mais humanos das HQs, cheio de contradições, sem super poderes.
O filme é suficientemente sombrio e retrata bem os conflitos psíquicos pelos quais o Sr. Wayne passa. E também dá bastante crédito ao Coringa que, desta vez, é um co-protagonista e não só mais um coadjuvante.
A forma como são retratados um dos meus heróis favoritos e meu vilão favorito, dá ação e conteúdo ao filme. Não é só um roteiro inteligente e não é só um show de efeitos e pirotecnia. Prima pelas duas coisas.
O Coringa tá sensacional! Mil vezes melhor até mesmo que o Coringa de Jack Nicholson. E olha que este último teve a direção do Tim Burton quando interpretou o papel. A morte desse Heath Ledger foi de fato uma grande perda para o cinema.
Christopher Nolan já havia chamado minha atenção desde "Amnésia". "Batman begins" mostrou o quanto ele era bom de verdade e agora, com esse último, ele já figura entre meus preferidos.

Pra quem também é fã do Batman e do Coringa, vai uma piadinha:

Dois loucos resolveram fugir do hospício. Subiram até a cobertura do asilo e avistaram o topo de um outro prédio. Um deles pulou e conseguiu alcançar o outro edifício, mas o segundo teve medo de não ter sucesso e cair. Então o primeiro disse: - Façamos assim: vou acender minha lanterna e assim você pode atravessar pelo faixo de luz até aqui. E o outro responde: - De jeito nenhum! Você pensa que sou louco? E se você apagar a lanterna enquanto eu atravesso?


Se você sacou - a referência, claro, porque a piada é óbvia - você acaba de ganhar muitos pontos de estilo. Rá!

segunda-feira, agosto 04, 2008

Matê

Há dias estou brigando com o Youtube, tentando postar um vídeo aqui. Trata-se de um trecho do filme "Mais estranho que a ficção", em que o protagonista canta "Whole wide world". Desisto. Vou postar aqui só o texto que acompanharia o vídeo e, quem tiver interesse, é só fazer uma busca pelo nome da música lá no Youtube. Creio que é o primeiro da lista.

Vai aí meu texto:

Quem ainda não viu "Mais estranho que a ficção" deve fazê-lo o quanto antes. Não foi muito badalado, divulgado, comentado. Vi meio por acaso e foi uma grata surpresa! História bem construída, com uso interessante e surpreendente de metalinguagem. O que é sempre um risco, mas que deu muito certo. O ritmo é meio lento, mas prende. É comovente sem ser piegas. Tem um humor leve, que não faz rir histericamente, sabe? Daqueles que provoca um riso acompanhado de certo incômodo - de quando a gente ri pra não pensar muito.
A trilha também tem coisas gostosas de ouvir, como a singela "Whole wide world" do Wreckless Eric, executada aí no vídeo. Vale também assistir a versão do Proclaimers, que é bem boa.