quarta-feira, novembro 12, 2008

Fuerza Bruta

Comprei o ingresso só às vésperas da viagem. Fiquei em dúvida se ia ou não, porque ia ficar muita cansada com shows nas três noites. A curiosidade venceu e, felizmente, comprei e fui.

Uma apresentação muito diferente e muito interessante. Uma das coisas mais legais que já vi. Tá no nível do Cirque de Soleil e do Blue Man Group essa companhia argentina De La Guarda.

Não sei bem como descrever o espetáculo... não é teatro, nem dança, nem circo, nem show, nem rave... e é tudo isso junto.

Montaram uma estrutura bacanérrima de tendas no Parque Villa Lobos. O acesso é por uma tenda onde ficam o bar, um sushi-bar, uma pizzaria, alojinha com merchandise do espetáculo, além de uns pufes espalhados pelo espaço, feitos com pneus e mangueiras de água. No bar, belas barwomen fazendo acrobacias para preparar os drinks e belos vendedores com quem se podia adiquirir os tickets do bar. Numa tenda anexa, um lounge com mais pufes e um dj. Na área externa que separa essas tendas da tenda do espetáculo, uns mini-jardins, bancos, pufes e os banheiros. Era uma espécie de mini-balada, todos esses ambientes.
Depois de aberta a tenda do espetáculo, continuou rolando música eletrônica e parecia uma boate. Não curto música eletrônica, mas tinha tudo a ver com o evento.
Fechadas as portas, teve início o espetáculo. De início o staff fez a galera se afastar abrindo um corredor para alocar a esteira que compunha a primeira cenografia. À partir de então, em cada fase do espetáculo, o público era levado a se deslocar e a cenografia ia mudando não só de cara, mas de lugar. Ocupou algumas áreas do chão, uma espécie de palco numa das pontas da tenda, as paredes, o teto... e durante todo o espetáculo, um dj comandava a trilha de uma cabine instalada no alto, numa das paredes da tenda.
Os atores e atrizes, além de belíssimos e competentes em performances sensacionais, interagiram muito com o público e terminaram o espetáculo pulando muito, ao som de uma batida animadíssima, no meio da galera, enquanto éramos banhados por uma chuva artificial, numa cena que lembra aquela rave em Zyon, no Matrix. Um momento em que todo mundo se soltou numa catarse coletiva.
Quem estiver em SP e ainda não viu o show, tem só até o dia 16. Posso dizer que é imperdível e vale um esforço pra ir ver e participar.

Pára um pouquinho, descansa um pouquinho.

Foram apenas três dias em Sampa, mas tanta coisa vista e feita! A maratona de shows e eventos renderia muitos posts. Há muito o que comentar de cada evento, cada banda, cada lugar. Só que não tenho tempo pra escrever sobre tudo devidamente, e vou poupá-los dos detalhes e opiniões aprofundadas. Tentarei fazer um resumão estilo "intensivo para o vestibular" em três volumes, um para cada evento, ok?

Vamos lá:

Sábado - Planeta Terra Festival

Primeira coisa a ser comentada é a organização sensacional do evento. Nada de superlotação, nada de filas, atendimento bom e educado desde a entrada, nos bares, nas lanchonetes...
Um lugar MUITO legal, grande e super bem aproveitado. Bares imensos espalhados por todos os ambientes. Tudo muito bem sinalizado, pontualidade impecável tanto no main stage, quanto no indie stage. Não estive no lounge nem onde rolaram os djs, mas nas áreas de show e redondezas, tudo impecável. Não se via um copo ou garrafa no chão, pois havia um pessoal recolhendo o lixo o tempo todo, além de muitas lixeiras espalhadas por toda a vila.
Muitos e muitos banheiros químicos em imensos galpões separados em masculino e feminino, com papel em todos e folhas de pinho cobrindo chão, garantindo um aroma agradável em toda a área de banheiros. De novo, nada de filas.
Preço bem razoável tanto dos ingressos quanto das comidas e bebidas no evento. É um festival pra ir sempre. A organização é primorosa e admirável e o line up foi bem legal. Nunca fui em nada parecido aqui no Brasil. De impressionar!

Agora os shows: cheguei mais tarde um pouco, já que não tenho mais idade pra um evento de 10 horas, né? Cheguei às 20:30 e pulei os shows da Malu Magalhães, Vanguart, Brothers of Brazil e Curumin. Também não assisti Animal Collective, Foals, Offspring e Bloc Party, porque rolaram enquanto eu estava em outro palco.

Eu vi Jesus!

O primeiro show que assisti foi Jesus and Mary Chain. Show bacana, embora meio paradinho. O som dos caras é bem legal e foi bom vê-los ao vivo. Sempre que escuto, me pergunto porque não baixo e escuto mais a banda.

Yes, there is spoon!

Outro show bacana foi o do Spoon. Muito divertido e animado. Com mais fãs do que eu poderia imaginar. Deu pra aquecer com uns pulos e empolgação. Outra banda pra baixar e conhecer melhor...

Será cachaça?

A princípio, o susto ao ver a aparência da Kim Deal. Não dá pra saber se é gordura ou inchaço. Mas é um show com garantia de ser bom, né? O vocal delas é muito bom, o baixo, apesar de não ser da Kim, lembra o do Pixies. Delícia de show. Pra ver mais vezes e sempre se divertir.

A great, great riot!

O show do Kaiser Chiefs, o mais esperado, foi sensacional. A banda e, sobretudo o vocalista, é muito animada. Empolgaram a galera, que pulou e cantou o show inteirinho. É uma banda que só tem 3 álbuns, mas já é cheia de sucessos. Músicas dançantes e boas pra esgoelar. O cara bem que tentou ler umas anotações em português, mas tudo o que entendemos foi um "ili i heroi"... deu pra deduzir o sentido, o que foi suficiente pra ele ficar feliz e arriscar outras frases que ninguém entendeu, mas todo mundo gritou, garantido a euforia do público e da banda, que parece ter se divertido MUITO no palco. Uma pena foi o som meio baixo. Eu acho que a culpa foi do Offspring, que sempre detona o som dos palcos por onde passa, esse raio de banda dos infernos, que não tinha nada a ver com o festival e o resto do line up. Só o Kaiser Chiefs e toda a sua empolgação já valeria a noite!

Uma única sugestão: criar uma estrutura de transporte, já que o lugar é longe pra capeta e de difícil acesso.

terça-feira, novembro 04, 2008

As 5 pessoas que mais odeio

Embora seja uma ótima pessoa, de coração enorme, nutro ódio por algumas pessoas. Sempre merecidamente.
Aqui vai o top 5 atual, em ordem decrescente:

1 - Timo Glock
2 - George W. Bush
3 - FHC
4 - Zezé Perrella
5 - Marcos Frota