Ou breve retórica: porque o "se" dói mais que o "não"...
Viviam se encontrando.
Ela sempre pensava que era cedo demais. Ele sempre pensava que não tinha a vida toda.
Ele ouviu que ela tinha um filho. Ela soube que ele casara.
Ela o reconheceu na televisão. Ele a viu caminhando na praça.
O avisaram da morte de um antigo colega da faculdade. No velório, a viúva era ela.
Ele não pôde esperar o enterro. Era sua audiência de separação.
Se encontraram na porta do cinema, comprando ingressos para filmes diferentes. Se olharam e entenderam o fim da história. Foi ela quem falou primeiro:
- Se ao menos você tivesse dito...
Ele respondeu:
- Se eu tivesse imaginado...
Tarde demais para um amor juvenil. Já não havia tempo prá tudo o que ficara por viver.
Se encontraram novamente no fim dos filmes.
Não se reconheceram.
*Tô ouvindo: Futuros amantes - Chico* (claro!)
5 comentários:
Só tem um porém nessa bela história de ficção: parte do pressuposto de que "boy and girl" se amam ou ao menos se gostam mutuamente. Apesar do "se".
Na vida real, nem sempre os amores juvenis surgem com reciprocidade.
E o "se" não dói mais que o "não", quando a única coisa que te faz acordar e sorrir é saber que ainda tem alguém pra amar, mesmo que esse alguém não saiba. Hipoteticamente falando, claro...
Hahaha... don´r try to step on other´s shoes! Elaborei essa história pq tô ouvindo (como profissional e não como amiga) dois casos muitos semelhantes. Como profissional, não posso dizer pro paciente: go for it! Vc não tá vendo?! Etc...
Então, preciso elaborar historinhas catárticas, hehehe.
:-)
fair enough!
Tenho que concordar que um "se" as vezes é confortante!!!
Infelizmente não dá pra se viver com "se"... muito sofrimento...
Mas que eu acho que um "se" pode virar "sim", eu acho, pode demorar anos.... mas um dia vira...
Isso é otimismo, e loucura!
Ah, Fofy... lembre-se de Florentio e Fermina! Lembre-se sempre!!! Mas, lembre-se tb, o q/ ele fez enquanto esperava! E quem pode dizer q/ ele não foi mais feliz q/ ela?!
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