Há alguns dias estive em São Paulo. Pela primeira vez visitei o Museu da Língua Portuguesa. Já quero voltar.
A Praça da Língua é uma das experiências mais bonitas e emocionantes que já tive. Faz-nos lembrar que somos essencialmente linguagem, e nossa língua o que nos possibilita ser, viver, existir, co-existir, ser humanos, ter a razão que nos difere dos animais e de que tanto nos orgulhamos.
De todos os trechos ouvidos ali, um em especial me deixou feliz, me deu novo ânimo, reforçou os motivos de minhas escolhas e minhas crenças e me lembrou porque penso que nem tudo está perdido no mundo das pessoas, hehehe.
Ainda bem que temos as palavras. E as pessoas que sabem tão bem utilizá-las e explicar o mundo de um jeito simples, óbvio, mas de forma que somos incapazes. Uma delas é Guimarães Rosa, uma espécie de divindade das palavras, de oráculo, que transcende a língua e domina a linguagem. E ele diz, em Grande Sertão Veredas:
"Todos estão loucos, neste mundo? Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e que a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total. Todos os sucedidos acontecendo, o sentir forte da gente - o que produz os ventos. Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura."
Ter saúde, enfim, não é tão difícil assim. Escapar da loucura é mais agradável do que pensamos, afinal.
A Praça da Língua é uma das experiências mais bonitas e emocionantes que já tive. Faz-nos lembrar que somos essencialmente linguagem, e nossa língua o que nos possibilita ser, viver, existir, co-existir, ser humanos, ter a razão que nos difere dos animais e de que tanto nos orgulhamos.
De todos os trechos ouvidos ali, um em especial me deixou feliz, me deu novo ânimo, reforçou os motivos de minhas escolhas e minhas crenças e me lembrou porque penso que nem tudo está perdido no mundo das pessoas, hehehe.
Ainda bem que temos as palavras. E as pessoas que sabem tão bem utilizá-las e explicar o mundo de um jeito simples, óbvio, mas de forma que somos incapazes. Uma delas é Guimarães Rosa, uma espécie de divindade das palavras, de oráculo, que transcende a língua e domina a linguagem. E ele diz, em Grande Sertão Veredas:
"Todos estão loucos, neste mundo? Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e que a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total. Todos os sucedidos acontecendo, o sentir forte da gente - o que produz os ventos. Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura."
Ter saúde, enfim, não é tão difícil assim. Escapar da loucura é mais agradável do que pensamos, afinal.
2 comentários:
potty, acho que faltou droga na minha visita ao museu...
gk
Hehehe... acho que não é isso, Gui. Eu não sou fã de entorpecentes e a falta deles em nada diminui minhas experiências desse tipo.
Mas, seguramente, nossas referências literárias são bem diferentes. Sou uma leitora voraz de literatura brasileira e lusitana. As produções literárias em língua portuguesa têm um significado importante no meu imaginário e na minha formação... saca? Aquela sala reúne muitos de meus interesses, pensamentos, gostos...
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