Posso dizer que o show foi muito, MUITO foda! Manteve a galera pulando e animada o tempo todo. Qualquer show tem uns gaiatos na platéia, né? Pois nesse parecia que só tinha fã - todo mundo acompanhando Michael fervorosamente. Lembrava mesmo um culto religioso, uma seita. Foi um transe conjunto de pouco mais de duas horas.
A sensação, no fim do show, era de "EU QUERO VOLTAR AMANHÃ!!!". Mas não podia, infelizmente.
Cheguei bem cansada, por causa dos dois shows nos dias anteriores. Achei que não ia conseguir curtir muito. O fato é que fui contagiada por aquela energia e não consegui parar de cantar e pular. Esqueci o cansaço e saí de lá sem voz, sem sentir a sola dos pés que, mal saíram do sapato, começaram a latejar... mas eu tava leve, e feliz. Bem feliz!
É difícil falar em perfeição, porque bandas antigas como o R.E.M., sempre deixam alguma música excelente de fora do set list. Não rolaram algumas que eu adoro, como "Pop Song 89" ou "Bang and Blame". Mas considero que os álbuns foram bem representados e o set list ficou muito legal.
O público todo saiu extasiado... via-se nos rostos felizes, despreocupados com a chuva que nos caía sobre a cabeça ao deixar o Via Funchal.
É um show que, seguramente, tá no meu top 5.
Eu não conhecia o Via Funchal. Achei um lugar bem interessante, já que proporciona boa visão do palco de qualquer lugar. O som, que haviam me alertado que ali nem sempre é dos melhores, esteve excelente. O palco, simples, com um painel de luzes coloridas dançantes, não apresenta inovação, mas deixa claro que o importante ali não era a pirotecnia, mas o rock - que a banda apresenta e representa muito bem.
Todos os compenentes do grupo e da banda de apoio interagiam legal com a galera, agitavam no palco. Michael em especial. Inquieto, foi duas vezes pro meio do público, dançou muito, conversou e se divertiu. Tem uma presença de palco e um domínio do público, que deixam qualquer um hipnotizado. Se ele manda pular, a gente pula, se ele manda cantar, a gente canta, se ele manda levantar as mãos, não há remédio senão levantá-las.
Penso que, aquilo que pensamos ser uma dança desengonçada, é na verdade uma técnica aprendida do tantra e da hipnose, que deixa o mais cético sob os encantos de sua esquisitice e sua voz metálica.
Sempre que puder, verei R.E.M. ao vivo! Definitivamente não é um show que se vê só por curiosidade, só pra dizer que foi. É um show pra viver quantas vezes for possível.
Taí o set list pra quem foi lembrar e, quem não foi, se arrepender:
01) “Living Well Is The Best Revenge”
02) “I Took Your Name”
03) “What’s The Frequency, Kenneth?”
04) “Fall On Me”
05) “Drive”
06) “Man-Sized Wreath”
07) “Ignoreland”
08) “Hollow Man”
09) “Imitation of Life”
10) “Electrolite”
11) ”Great Beyond”
12) “Everbody Hurts”
13) “She Just Wants To Be”
14) “The One I Love”
15) “Sweetness Follows“
16) “Let Me In”
17) “Bad Day“
18) “Horse To Water“
19) “Orange Crush“
20) “It’s The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)”
Bis
21) “Supernatural Superserious”
22) “Losing My Religion”
23) “Animal”
24) “(Don’t Go Back To) Rockville”
25) “Man On The Moon”
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