Me preocupo muito com o mundo onde crescerão Pollyardo e Eduanna.Não digo só pelo buraco na camada de ozônio, super-aquecimento global, falta de água, etc.
Me preocupo com as referências culturais das próximas gerações. Eu sei que adolescentes ainda estão em formação, escolhendo o que gostam, o que não gostam. Mas vocês já observaram o gosto musical desses pirralhos? Eles gostam de axé, pagode, pop rock, esse rockizinho farofa que a MTV vende, sertaneja, tudo!
Como a gente pode confiar em pessoas de gosto tão eclético, sem crítica?
As crianças estão crescendo assistindo e ouvindo Rebeldes, Power Rangers (que já tem umas 50 gerações diferentes)...
Aqui em Minas, há toda uma geração de cruzeirenses! A gente precisa ficar no pé desde cedo, senão a criança desvirtua.
As minhas duas afilhadas são atleticanas. A mais velha, de 15 anos, levei bem cedo prá entrar com os jogadores no Mineirão. Virou sofredora. Mas falhei em sua educação musical. Ela foi ao Pop Rock, ao Axé Brasil. Também lê Harry Potter. Mas nisso ainda tenho esperanças. Indico muitos livros e muitos filmes. Espero que ainda dê tempo.
A mais nova tem 6. Preciso levar logo ao Mineirão e começar a colocar Bad Religion prá ela ouvir. Quanto aos livros não preciso me preocupar. É doente que nem eu e já não dorme sem ler pelo menos uma história. Também gosta de bons filmes... é fã da Dory, do Procurando Nemo e do Mate, do Carros. So far, so good!
A minha sobrinha tem 8. Mora com a mãe e virou cruzeirense. Adora Rebeldes (que ela chama de RBD). Não é muito fã de ganhar livros. Com essa vou ter muito trabalho.
Acho que vou investir mais nos pequenininhos, de 3 ou 4 anos. Colocar Ramones enquanto estão na piscina de bolinhas, fazer pic nic só de balas e doces ao som do hino do Atlético, comprar um brinquedo prá quem ouvir a historinha inteira...
Por favor, entendam que a idéia aqui não é de corrupção. Mas de criar associações prazerosas com as coisas boas do mundo.
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