A menina ganhou o peixinho dourado no parque, num daqueles jogos de acertar a boca do palhaço. Carregava orgulhosa o pequeno saco plástico c/ o pobre peixe, q/ já se conformara em viver naquele mundo tão limitado.
Quando viu o lago, teve uma idéia brilhante e logo comunicou à mãe o desejo de colocar o peixinho em liberdade, para viver mais feliz no lago.
A mãe achou excelente a possibilidade de não ter q/ comprar um aquário e limpá-lo todos os dias. Foram até o lago, abriram o saquinho e soltaram o peixe.
No início ele não entendeu muito bem o que havia acontecido. Ficou meio atordoado com a queda e, quando finalmente percebeu q/ seu universo aumentara consideravelmente, sentiu-se feliz. Virou p/ o um lado, p/ outro, decidindo para onde nadaria primeiro, agora que podia escolher e tinha um vasto território a explorar.
Tudo isso numa fração de segundos. Mas a menina já estava ansiosa e gritava saltitante:
- Nada, peixinho. Nada!
E o peixinho, empolgado para aventurar-se pelo lago, tomou impulso. Antes que pudesse se deslocar, veio uma enorme carpa e, sem muito esforço, apenas abriu a boca e o peixinho desepareceu.
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