Ontem assisti "Elsa & Fred". Uma produção hispano-argentina, aparentemente despretenciosa. Na verdade, nem esperava muito do filme, escolhido por causa do horário da sessão.
É a história de amor entre dois velhinhos. Então já pensei q/ seria algo triste, c/ um dos dois inevitavelmente morrendo no final. E pensar num caso de amor onde um dos dois morre no final, para nossa cabeça acostumada aos happy ends americanos, é sinônimo de final triste, né? Não, não é.
O filme é leve e delicioso. E engraçadíssimo. Interessante mesmo foi ver a reação do público. A velhinha era muito divertida, c/ tiradas espetaculares, enquanto o velhinho era travado, hipocondríaco, metódico. De fato, deu prá rir bastante... mas não tão histericamente qt as pessoas riam. Acho q/ um relacionamento entre velhinhos e o tema da morte é algo q/ incomoda muito as pessoas. Riam como num besteirol hollywoodiano, e nem era prá tanto. Como é difícil lidar com esses assuntos... mesmo passivamente, como espectador de um filme.
Mas o q/ mais me encantou é que pude me ver velhinha. Elsa é o q/ vou ser daqui a alguns (muitos) anos. Super velha maconheira! Fazia muito drama, manipulava as pessoas prá conseguir o q/ queria, inventava histórias mirabolantes e não tinha a menor paciência com muita organização, coisas e reações previsíveis. Quase matava do coração o filho certinho e, mais ainda, o pobre do Fred, cheio de esquemas e paradigmas estabelecidos há anos. E dirigia como uma louca, distraída, cantando feliz da vida.
Devo dizer que fiquei contente com meu futuro...
*Tô ouvindo: And then you kissed me - Cardigans*
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