domingo, outubro 31, 2010

Sugestões para o dia das bruxas!

Depois de votar consciente, hoje também é o dia das bruxas e deve ser comemorado! Aliás, acho que o TSE foi tendencioso ao marcar eleições para o dia de hoje, havendo um vampiro entre os candidatos.

Deixo aqui algumas sugestões de filmes apropriados para a data:

1 - O iluminado
Claro, né? Cláaassico! E o melhor filme de terror de todos os tempos.

Para figurar numa lista com Kubrick, ninguém melhor do que Tim Burton, um diretor extraordinário e afeito ao tema. São dele as três sugestões seguintes:

2 - Os fantasmas se divertem
3 - Noiva cadáver
4 - Sweeney Todd

The best for last, a cereja do bolo:
5 - The Rocky horror picture show
Em comemoração aos 35 anos anos do mais divertido e revolucionário musical já produzido, você pode, além de assisti-lo, inspirar-se num dos personagem para, no dia de hoje, bater à porta de alguém interessante propondo "doce ou travessura"... Torcendo pra ele(a) escolher travessura, claro!
                                                                         Trick or treat?

Mas se a pessoa lhe der doces, você pode ser ainda mais direto. Fica aí uma videozinho que serve de teaser e sugestão ;)

sexta-feira, outubro 29, 2010

Yes, I love you!

Para começar o fim de semana devagar e calmamente.... e já na contagem regressiva para o show do próximo dia 15. o/

Não dá!


Sabe o que é pior do que gente que não sabe conversar? Gente que tem sempre algo a dizer. Aposto 2 Tablitos que você conhece alguém assim. Aquele tipo de pessoa que tem sempre uma frase feita, um provérbio, uma pérola da sabedoria popular ou do inconsciente coletivo pra falar em tom solene numa conversa sobre QUALQUER assunto.
Se essa pessoa é seu chefe, seu sogro ou um idoso, por respeito você tem que rir sem graça, abanar a cabeça concordando, fingir de desentendido ou pedir licença pra resolver algo de suma importância de que você acabou de se lembrar. Mas a vontade mesmo é de ser o Saraiva, não é? Dar a merecida resposta curta e grossa.
Alguns exemplos de comentários que merecem que você incorpore o Saraiva:


  • Numa conversa sobre como o Messi é bom jogador, a pessoa diz que o futebol não é mais aquele. Bom mesmo era o tempo do Pelé, Garrincha, Tostão... Aquilo sim era futebol arte!
  • Numa argumentação, você embasa seus argumentos num artigo interessante que vai contra as opiniões de seu interlocutor e este defende o ponto de vista dizendo que o papel aceita tudo.
  • Duas pessoas discutem empolgadas sobre o jogo de equipe e vem o desavisado dizer que não assiste mais às corridas, pois desde a morte do Senna a Fórmula 1 perdeu a graça.
  • Você está se esforçando pra explicar a necessidade de escolher um dos dois candidatos, mesmo sem empolgar-se especialmente por nenhum deles, e o infeliz responde: Político é tudo igual. Qualquer um que entrar lá vai roubar mesmo...
  • Apesar de ser ateu, você diz apenas que não tem religião, sabendo que muita gente se sente ofendida pela falta de fé em Deus alheia. Mesmo assim é obrigado a ouvir que ninguém é feliz sem uma religião.
  • Seu irmão pegou seu carro sem pedir. De manhã você vai sair pro trabalho, encontra o vidro aberto e o carro alagado depois de uma noite de chuvas torrenciais. Você chega atrasado no escritório, puto da vida e ainda molhado pelas sombrinhas dos outros passageiros no metrô lotado. Sua secretária lhe diz sorrindo que é pra você relevar, porque família é tudo na vida.
  • Depois de um dia estressante, você, apesar de não beber, vai pra um boteco com os amigos. Nada como um papo entre amigos pra descansar a cabeça. Você pede seu chá gelado e reclama de leve, só pra aliviar a tensão. O amigo do amigo, que apareceu pela primeira vez, insiste 58 vezes pra você tomar uma cervejinha pra relaxar.
Conheço um cara que tem uma bela resposta padrão para esses momentos: VAI TE CATAR!

Obs: Essas situações são todas fictícias. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência!

segunda-feira, outubro 25, 2010

He drives a red car

É assim que um domingo deve ser!

E ainda teve um belo 4x3 pra terminar bem o fim de semana. Muito bem! Em vermelho, preto e branco.

Hoje Chico canta na minha cabeça:

"Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade. Que alarde!
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã."

segunda-feira, outubro 18, 2010

Boogie!

Clique aqui e ouça enquanto lê.

O Maurício Tobias* e o exagerado hedonismo da disco music me afastaram do estilo musical e das pistas. O rock sempre teve mais apelo pra mim e sempre fez mais sentido ouvir música com conteúdo. Mesmo o rock bubble gum de letras como "I wanna rock n' roll all night and party every day" me atrai mais do que a dance music em geral.
Depois de assistir a espetáculos como The Complex Rock Tour e Fuerza Bruta, me lembrei do quanto é bom se jogar na pista. É claro que é ótimo dançar naquela festa de casamento do amigo ou na sua formatura. Mas dançar ao som de YMCA e Dancing Queen com suas tias não é o mesmo que ir a uma boate e dançar a noite inteira, sem o risco de ver o sogro descendo na boquinha da garrafa porque o dj tem que agradar todo mundo e toca todos os estilos.
No último sábado saí pra dançar. Só isso. Não era aniversário, despedida de solteiro, formatura ou casamento de ninguém. Simplesmente saí de casa pra ir a uma boate dançar. Nem me lembro da última vez que havia feito isso.
Já há algum tempo Donna Summer, Barry White, Prince, The Jacksons, Daft Punk, Moloko, Kraftwerk e outros voltaram a tocar no meu ipod e no meu itunes, onde descansavam em paz e só estavam ali por uma consciência de sua importância musical. No entanto, foi só no último sábado que resolvi ir pra pista.
Como é catártico, não? Libertador mesmo. Não é exagero. Muito bom fazer algo só porque deu vontade. Não pelo prazer de aprender, de sentir, de ver, de conhecer, de observar, de entender, de experimentar... Só pelo prazer. O prazer hedonista de que falam as letras da disco music.
Para os rockers que ainda têm preconceito e não têm coragem de se jogar na pista, assistam o Music Land do Prince e o Moda & Música (disco e eletrônica), do canal FTV. Tenho tentado me libertar de algumas vendas que eu mesma me coloquei e me abrir pra coisas que podem até não fazer tanto sentido quanto as que escolhi por identificação, mas também não são ruins e podem até gerar muita satisfação. Axé e Raul Seixas não dá pra encarar. Mas Michael e Madonna não são tão apreciados pelo mundo todo sem razão, não é mesmo?
Viva o Studio 54 e a Warehouse!!!

* Maurício Tobias é um professor de jazz de BH, que foi uma semi-celebridade local nos anos 80/90. Responsável pelas coreografias mais panteras já vistas, não era muito admirado por bailarinos clássicos como eu. 

quarta-feira, outubro 13, 2010

Ole, ole, ole ole... Pixies, Pixies!


O melhor show de rock da minha vida! Até o momento...
Sabe aquela banda da sua adolescência que você nunca parou realmente de ouvir? É o Pixies pra mim. Presença constante nas minhas playlists, não a considero a melhor ou maior banda de todos os tempos. Não tem as melhores letras, as que mais me emocionam. Mas tem uma sonoridade que sempre me empolga, que me deixa mais feliz e me faz cantar junto.
A banda acabou, a Kim Deal formou uma nova banda - Breeders, que era até legal, mas tava looonge de ser um Pixies. A banda voltou para alguns shows, tocou em Curitiba e eu acabei não indo. Agora estão em tour, mesmo sem um álbum novo. O show é composto de hits, mais ou menos como o Police fez.
A escolha era vê-los no SWU em Itu, ou em BsAs num show exclusivo da banda. Não tive dúvidas... era a melhor desculpa de todas pra voltar à capital portenha, uma das minhas cidades favoritas no mundo. Não que eu conheça muitas...
O show de BsAs não foi muito maior que o do SWU - teve apenas 4 músicas a mais, mas teve um público apaixonado, que estava ali exclusivamente pra ver o Pixies. E se tem uma coisa que o argentino sabe ser é apaixonado. É uma experiência impagável assistir a um show de rock na argentina.
Pulando o tempo todo, esgoelando todas as músicas com as mão pra cima e realmente vivenciando o momento. É isso o que vi e do que fiz parte no Luna Park no último dia 6. Muita diversão do público, muita diversão da banda no palco. Todo mundo se dedicando 100%.
O show não tem firula, não falação com o público, não tem pirotecnia ou super produção nenhuma. Tem músicos tocando rock com competência e com uma facilidade de impressionar. Tem um público que conhece o repertório, se empolga e se delicia com cada música do set, feliz por estar ali e poder aproveitar a oportunidade de ver o Pixies ao vivo. Simples assim.
Já vi U2 2 vezes. É uma experiência extraordinária. O público é composto por fiéis e o show parece um culto evangélico. Pelo menos aqui abaixo do Equador. Os caras vêm pouco por aqui e os fãs esperam muito pela oportunidade de vê-los. Os ingressos são caros e disputados. O espetáculo é grandioso, muito produzido, repleto de tecnologia, fascinante de ver e de ouvir. Bono é um pastor que conduz seus fiéis ao delírio, prega suas crenças e espalha seus valores pelo mundo. É um messias. Mas não é um show de rock. É uma superprodução pop, com músicos bons, mas não extraordinários. As músicas são boas, conhecidas, muitas empolgantes, algumas baladas, algumas com certo cunho político ou humanitário. É um espetáculo, não um show de rock.
Já vi Police 2 vezes. O público em Amsterdã era frio, quase blasé. O público do Rio era empolgado, grato, feliz e animado. Os três no palco... é difícil descrever com palavras. Músicos excepcionais, tocam como se estivessem tomando um café com a família na cozinha: algo natural, sem esforço. Sting é um guru, que faz com o público o que ele quiser. É alucinante cantar todos aqueles hits da adolescência de novo, junto com a banda e com dezenas de milhares na mesma vibe. É uma experiência transcendental. Mas não é um show de rock. É trabalho. A banda está trabalhando. Com a maior competência que já vi, mas trabalhando. Pode até se divertir eventualmente, mas está trabalhando. Tem uma sobriedade que não cabe num show de rock.
Já vi o R.E.M. O público canta junto os vários hits e até as músicas do álbum que estava sendo lançado. Michael Stipe hipnotiza a plateia e conduz o show como quer. A banda se diverte, interage com o público, fala de política, da experiência de estar ali, dança e curte junto. É um puta show de rock!!! Mas tem uma galera MTV, que tá ali porque conhece alguns hits do rádio e não se entrega totalmente. Não conhece bem o trabalho da banda e não pula o tempo todo, se emociona e se empolga o tempo todo. É uma minoria, mas tá ali, nos cantos, sem se empolgar com as músicas novas entoadas apenas pelos fãs de verdade. Mas é um puta show de rock!!!
Já vi Bad Religion nem sei mais quantas vezes. Os caras são mais low profile no palco, mas se divertem muito, interagem com a plateia. O público se entrega, pula, dança, canta hinos. É o que um show de hard core deve ser. Mas tem sempre uns meninos que estão ali porque se dizem punk rockers e todo punk rocker deve ser devoto do Bad Religion, a maior entidade do hard core. Em alguns anos, esses meninos vão largar seus skates, seus cabelos não serão mais coloridos e os álbuns do BR (se é que os teem) serão relíquia empoeirada em alguma prateleira. É um puta show de Rock!!! Obrigatório e pra se ver quantas vezes for possível. Mas não é uma once in a lifetime experience
A lista seguiria por muitos e muitos parágrafos, mas acho que esses quatro são os que merecem maior destaque pela grandeza e importância das bandas.
Então chegamos ao Pixies. Se Frank Black não é nenhum messias ou guru, se não hipnotiza a plateia, se não é uma banda emblemática e longeva, que influenciou todas as demais de um estilo... por que foi o melhor show de rock da minha vida? Porque foi pura diversão, exposição de competência musical e conforto com o que faziam no palco. Porque, sem nenhum esforço, a banda curtiu aquele show junto com seu público. Porque o público era apaixonado, sintonizado com o grupo, animado, empolgado, grato e totalmente entregue. Não foi uma experiência coletiva, como o Police. Não foi um delírio coletivo, como o U2. Mas foi uma soma de experiências individuais de alegria e gratidão, de pura felicidade. Cada um experimentando e vivendo à sua maneira cada música, como se tivesse esperado a vida inteira pra ouvir aquela música ao vivo. Uma soma de entrega total! Isso foi o Pixies em Buenos Aires. Boa música, qualidade técnica, venue sensacional, vários hits entoados coletivamente, alegria e muita, muita diversão. Tudo o que se pode esperar de um show de rock.

sexta-feira, outubro 01, 2010

Vacaciones

Já estou de malas prontas (quase!) e parto amanhã para a minha semana de descanso (ã-hã) em terras dos hermanos.
Enquanto curto futebol e rock n' roll no frio do sur, por favor, votem consciente! Comportem-se na minha ausência e não façam nada de que vocês possam se arrepender, ok?
Em alguns poucos dias estou de volta pra me dedicar 24/7 ao Barão, que se revela mais exigente a cada dia.
Hasta pronto, chicos!!!!