terça-feira, outubro 28, 2008

Absurdo?! Será?

Você já pensou que podemos chegar num ponto tal que, pra manter a sanidade, PRECISAREMOS entrar voluntaria e conscientemente numa espécie de Matrix de vez em quando?! Que a realidade pode ser tão difícil que se fará necessário um mundo virtual que seja por um breve espaço de tempo?
Bem... eu tendo a achar que não será pra tanto. Mas às vezes tenho fé demais nas pessoas.

A animação é bonitinha... e a música bem agradável!


PS- A pedidos, passarei a identificar os vídeos (Ok, Hildo, seu chaaato!): Música - Respire; Intéprete: Mickey3D.

sexta-feira, outubro 24, 2008

No way situation

Tirei meu título eleitoral aos 16 anos. Pra isso, enfrentei uma fila de quase quatro horas, já que ansiava por "exercer plenamente minha cidadania". Na ocasião, esperava que meu voto ajudasse a eleger Lula presidente. Não foi o que aconteceu. Nem em 94, nem em 98.
Nesses catorze anos, minha crença e esperança na democracia diminuíram bastante. Já há algum tempo não voto com muito entusiasmo. Em algumas das últimas eleições, adotei o voto nulo em certas ocasiões sem nenhuma culpa. Se achava que nenhum dos candidatos merecia meu voto, anulava. Foi assim na disputa entre Newton Cardoso e Eliseu Resende por uma vaga no Senado, por exemplo.
Em nenhuma eleição anterior, desde 94, tive dúvidas ou indecisões - ou tinha um candidato, ou anularia meu voto. Hoje, pela primeira vez, me vejo totalmente perdida. Às vésperas do segundo turno das eleições para prefeito, não tenho a menor idéia do que fazer. Não é como anular o voto para senador, sabendo que o candidato vencedor terá vários companheiros em suas ações, deverá buscar aliados e enfrentar a oposição e que, sozinho, nada é capaz de fazer.
Com prefeito é diferente. Ele sozinho também pode pouco. Quase nada. Mas tem prerrogativas que lhes são exclusivas. Tem poder de ação muito mais amplo que um senador, um deputado, um vereador. É muito diferente quando se trata do poder executivo. Me parece quase inadimissível anular o voto nesse caso.
No entanto, não anular o voto, significa votar em uma das duas opções. Se é que podemos chamar os atuais candidatos de opções. À princípio, minha idéia é votar em Márcio Lacerda, numa tentativa de ajudar a impedir uma vitória de Leonardo Quintão. Mas e depois... como dormirei sabendo que ajudei a eleger Márcio Lacerda prefeito da cidade?
O futuro de BH parece muito negro. Pelo menos pelos próximos 4 anos. Teremos um prefeito que esteve envolvido em esquemas de caixa dois, desvio de verba, apropriação indébita... ou teremos um prefeito que, embora se esforce pra parecer humilde e nada arrogante, em muito lembra o Fernando Collor de 89, com pose de bom moço, cabelo impecável, discurso sedutor e vazio - embora com bom uso de palavras simples, que atingem o eleitor menos inclinado a pensar e interpretar.
Leonardo Quintão é, seguramente, uma opção muito pior. É pastor. As igrejas evangélicas parecem desprezar a idéia de separação dos poderes do estado e da igreja e insistem em lançar candidatos felizes em professar sua fé. Leonardo Quintão é filho de Sebastião Quintão, cuja ficha inclui inúmeros processos no Ministério do Trabalho, denúncias de nepotismo, sonegação... e por aí vai.
Márcio Lacerda tem dívidas que se nega a pagar. Inclusive com a prefeitura de Belo Horizonte. Esteve envolvido com nomes como Marcos Valério, Saulo Coelho. É desconhecido do público e teve um ganho de pontos percentuais nas pesquisas de intenção de voto, depois de ter apoio declarado do governador Aécio Neves - o que não é um bom preditivo, não e mesmo?
Enfim, estamos num mato sem cachorro, os belorizontinos. Só me resta esperar que uma epidemia de lucidez atinja os eleitores da cidade. Ao contrário do país imaginário de Saramago, um dos dois ainda seria eleito, já que só são considerados os votos válidos. Mas seria eleito com muito menos propriedade e credibilidade. Ter um desses dois governando com a corda no pescoço, é ainda melhor do que ter um desses dois simplesmente governando.

terça-feira, outubro 21, 2008

De aves canoras e canções de menina

Não é nova essa canção. Não é sequer do último álbum da banda. Mas, como não gosto de Oasis, só a conheci recentemente, quando meu irmão me fez escutá-la.
Apesar de não curtir os irmãos Gallagher, eles acertaram a mão nessa bela música. Tão bonitinha... tão de menina. Muito boa de ouvir, né?
Tenho escutado bastante!

segunda-feira, outubro 20, 2008

Você fez alguma gentileza hoje?


Não sou uma pessoa que acredita em muitas coisas. Digo, não tenho fé em muitas coisas além das pessoas, da filosofia e das ciências. Sejam elas naturais, exatas, sociais ou humanas. Sobretudo as duas últimas.
Não sou religiosa, nem mística, nem hippie, nem fundamentalista, nem punk. Sou psicanalista.
Ah... e menina!
Mas, como disse, acredito nas pessoas e, portanto, no comportamento humano e seus efeitos sobre a vida do indivíduo, da comunidade, da sociedade, da humanidade, do mundo.
O que quero dizer com isso é que tudo o que nos acontece, de bom e de ruim, é senão responsabilidade nossa. Seja em nossa vida privada, social, na cidade ou na humanidade como um todo. Se o mundo está ruim e difícil, a culpa é do presidente Lula, do George W. Bush, do Ronaldinho, do Pimentel, da Amy Winehouse, e minha, e sua.
Estamos vivendo num mundo sem tolerância, sem gentileza. Onde quase ninguém se importa com o outro. Quase ninguém se importa em usar (desculpa, não há palavra melhor) um idoso para não enfrentar uma fila, ou pedir ao amigo motoboy que já tem 58 contas na mão, pra "quebrar o galho" de pagar só mais 27 porque tá com pressa.
Não precisa ser muito filosófico e ficar analisando as relações humanas de poder, de amizade, familiares, de amor. É sobretudo com relação a estranhos que o egoísmo e a maldade humana se manifestam. Em pequenezas do nosso cotidiano. Como no trânsito.
Preste atenção no seu caminho para o trabalho, logo cedo, quantas buzinas e xingamentos você escuta entre pessoas que nunca se viram. Qualquer vacilo é interpretado como uma legítima ação de agressão contra o apressado motorista que, por casualidade, passava por perto. Não se leva em consideração que às vezes, a pessoa não queria levar nenhuma vantagem e ganhar preciosos segundos ao mudar de fila. Que, às vezes, as pessoas erram. Não é o meu caso, é claro, porque vocês sabem: "I'm an excellent driver.(...) Dad lets me drive slow on the driveway every Saturday. (...) But not on Monday, definitely not on Monday." Mas tem gente que comete falhas na direção. Simples assim.
Com essa crescente hostilidade entre as pessoas, desde uma briga no trânsito, passando pelos péssimos atendimentos nos serviços de telemarketing ou nas lojas, até na vida amorosa de muitos casais, não há como encontrarmos o tão aclamado "equilíbrio" de que tanto se fala e que tanto se exige que devemos atingir.
Diz-se tanto que o mundo está louco... e é justamente de um louco, que vem uma das melhores mensagens que se proferiu nas últimas décadas. Uma mensagem simples, direta e muito fácil de ser seguida, mas que tem ficado cada vez mais distante de nossas vidas: Gentileza gera gentileza.
Era o que pregava por aí José Datrino, o Profeta Gentileza - o "amansador de burros homens da cidade que não tinham esclarecimento", como ele próprio se definia, numa demonstração de inquestionável lucidez.
Não só acredito nessa mensagem, como tento aplicá-la em minha vida. Tenho me esforçado cada vez mais pra não ser mais uma pessoa que tem vontade de matar o cara que me fecha no trânsito, de xingar a fofa do telemarketing que "não vai estar podendo estar esclarecendo" minha dúvida. Tento tornar minha vida mais agradável, tranquila e satisfatória com atitudes simples como esperar um pedestre atravessar a rua - mesmo depois que o sinal abrir, oferecer minha sala de espera à senhora que aguarda seu médico extremamente (e previsivelmente) atrasado, levando um chocolate pra moça que faz as minhas unhas, presenteando os amigos sem motivo senão a vontade de presentear.
Essas coisas pra mim são naturais, não exigem esforço, não apresentam dificuldade. É estranho perceber que tais atitudes surpreendem as pessoas e as fazem ficar realmente agradecidas, como se eu estivesse fazendo um favor. Imaginem só, se coisas pequenas como um "boa noite" ao porteiro do prédio ainda fossem uma regra de boa educação e não um sinal de bondade!
É triste perceber que desejar tolerância e gentileza é uma idéia utópica. E que a "cegueira" humana não nos tem permitido ver que mudar o mundo é fácil. A idéia vem sendo pregada há tanto tempo, seja sob a forma de uma religião (Amar o próximo), de um movimento social e cultural (All you need is love) ou da loucura de indivíduos como o José Agradecido - o Profeta Gentileza.
A vida fica muito melhor com esses bons sentimentos. Espero que você também tente e possa sentir a tranquilidade que ser bom, gentil e delicado com qualquer pessoa, pode trazer à sua realidade.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Serenata inusitada

Ontem entrei numa loja de chocolates perto do consultório, com o intuito de comprar chocolate com pimenta pra experimentar - e é bem interessante, diga-se!

Enquanto estava lá dentro, notei um taxista que sacava uma clarineta de dentro do porta-malas e começava a montá-la. Eu ainda pagava pelo chocolate quando ele tocou algumas notas.

Quando saí da loja, o fofo começou a me perseguir tocando uma música. Tentei fingir não perceber, achando que logo ele desistiria. Ele continuou atrás de mim pela Domingos Vieira... parei, esperei a música terminar, agradeci e segui meu caminho para o consultório, com a melodia conhecida na cabeça. Pelo menos parte dela. Logo associei a melodia a um verso e, pra minha surpresa, era uma canção que adoro do R.E.M., chamada "All the right friends", que é trilha do Vanilla Sky. É claro que ele podia estar tocando Kenny G ou algo que o valha, mas como algumas notas me lembraram os versos de Michael Stipe (I know you say, maybe some day), vou fechar em R.E.M. mesmo.

Outro esclarecimento necessário: os únicos instrumentos de sopro que eu reconheço são flauta, sax e claro, tuba. Todo mundo reconhece a tuba. O resto é tudo clarineta. Portanto, não sei especificar o instrumento que o taxista tocou enquanto me perseguia. Vou fechar em clarineta.

Assim sendo, ontem fui perseguida pela rua por um taxista tocando R.E.M. pra mim na clarineta! Cool, huh?!

segunda-feira, outubro 13, 2008

Pra prestar atenção!

Essa fofa aí tá fazendo sucesso com o hit "Mercy", que é um pop bem legal. Mas vale a pena escutar todo o álbum de estréia da Duffy, intitulado "Rocferry". Não é exatamente inovador ou surpreendente, mas de bom gosto. E ela tem uma voz muito gostosa, diferente do que temos escutado por aí que tem parecido sempre muito igual.
Vale prestar atenção e acompanhar o trabalho da menina!

quinta-feira, outubro 02, 2008

Tickets comprados!

Já estão adquiridos os tickets para o Planeta Terra Festival, que ocorrerá no dia 08/11 em São Paulo, onde já fico para o show do R.E.M. que será no dia 10/11, cujos ingressos também já foram providenciados.

Um rombo no orçamento que provavelmente me privará de ir ao GP Brasil, assim como ao espetáculo Fuerza Bruta, que fica em Sampa só até 12/10.

Mas fiquei uns 80% mais feliz só com a aquisição dos ingressos! Agora é esperar o doce Novembro...