segunda-feira, maio 31, 2010

Rehab


Há pouco tempo atrás, essa podia ser a minha música. Hoje estou em reabilitação e não quero mais consertar o mundo ou a vida das pessoas. Tenho ainda muitas recaídas mas, quase sempre consigo respeitar o curso e o tempo das coisas, as escolhas das pessoas, levem aonde levarem.
Para quem precisar, estou sempre pronta para comemorar, se tudo der certo. Se tudo der errado, no entanto, estou sempre disposta a ajudar a fazer os reparos necessários ou começar tudo de novo, sem a atitude "I told you so" de quem tem respostas pra tudo e sempre sabe a saída de todos os problemas.
Na minha vida, tenho tentado fazer certo, mas sem nenhum medo de reconhecer os erros e precisar reparar, refazer, desfazer, erase and rewind. Tenho procurado ser mais bricoleur do que fixer! ; )
Mas a música é excelente e me lembra do vício que quero abandonar...

sexta-feira, maio 28, 2010

Fallout

Essa imagem lhe é familiar? Bem, se você está lendo este blog, seguramente não foi espectador dos Teletubbies. Portanto, você deve estar pensando que se trata da terra dos Hobbits, do primeiro filme da trilogia "O Senhor dos Anéis", certo?
Não é. Essa, caros leitores, é a imagem de bunkers construídos por alguns espanhóis para se protegerem do fim do mundo em 2012.
Eu não vi o filme, nem conheço a aclamada profecia maia sobre o fim dos tempos. Todavia, quando falam em "fim do mundo" eu penso em: fim do mundo! Não penso em fim da superfície da Terra. Assim sendo, não faria diferença abrigar-se no subterrâneo, no espaço sideral ou em qualquer outro lugar, faria?
De todo modo, o líder do movimento de paranoicos que estão se preparando para o mundo pós-caos de 2012, o idealizador do projeto, não crê propriamente no fim do mundo. Crê que algo de muito ruim acontecerá ao planeta, tornando-o inóspito. Os bunkers seriam células de sobrevivência que garantiriam a vida de seus ocupantes por pelo menos 3 anos.
Ele quer popularizar o projeto e obter apoio governamental para poder atender a mais pessoas. Ao menos é um paranoico altruísta, não?
Desde já cedo o meu lugar, ok? Em que pese ser ainda muito nova para morrer em 2012, não estou disposta a viver confinada no underground. Não tenho vocação para "sobreviver".
Quem estiver interessado pode ler a matéria completa do Terra aqui.

terça-feira, maio 25, 2010

Finally, on Lost.

A principal sensação após ver o último episódio de Lost: alívio! Finalmente livre.
Os últimos episódios - as duas últimas temporadas, mais especificamente - foram pra mim um sacrifício. Já não gostava tanto da série, mas não conseguia parar de ver por causa de tantos mistérios sem solução que ficaram pelo caminho. E todo o tempo que investi nas quatro temporadas anteriores? Soma-se a isso, a esperança de que, eventualmente, a série ficaria novamente interessante. Nada!
O episódio final me pareceu reflexo oportuno das duas últimas temporadas. Sem graça, sem criatividade... totally flat.
Uma pena! Durante muito tempo, me diverti muito com Lost. Fiquei apreensiva e curiosa.
O que sinto agora é que estou livre de uma obrigação, que terminei uma missão. Isso preciso creditar à série: nunca antes tive problemas em abandonar uma atividade que me era minimamente desagradável - fosse um livro, filme, curso. Lost eu "precisei" seguir até o final.
Agora é aguardar novidades!

segunda-feira, maio 24, 2010

Pessoas que gostaria conhecer I

Nesse final de semana assisti à entrevista que o ator Wagner Moura concedeu a Marília Gabriela, exibida pelo canal GNT.
Tenho várias restrições à entrevistadora, mas é preciso admitir que, em geral, seu rol de entrevistados é deveras interessante.
Gravei e assisti a essa entrevista em particular porque há muito tempo esse ator me chama a atenção. Desde que o vi como Taoca em "Deus é brasileiro", procuro acompanhar seu trabalho sempre que possível.
A entrevista dele para o também ator Selton Melo (que certamente protagonizará um post de mesmo título no futuro) no programa Tarja Preta do Canal Brasil é exemplo de quão interessante é sua pessoa.
Se você conseguir abstrair a presença de "Gabi", poderá apreciar a presença fantástica de Wagner Moura, que tem opiniões fundadas e muito interessantes sobre diversos assuntos considerados polêmicos. Seguramente, minha admiração se dá em parte por nossas opiniões coincidirem em muitos pontos.
Ele me convenceu, por exemplo, que Tropa de Elite, se visto sob determinada ótica, pode ser um bom filme. A reação do público ao abominável Capitão Nascimento, abraçado pela massa como herói, despertara em mim certa ojeriza ao filme.
Comungamos pensamentos sobre a decriminalização das drogas, sobre a religião e a fé no ser humano (aliás, sua declaração de que sua religião é o ser humano me causou inveja) e sobre o cinema, sobretudo o cinema brasileiro.
É muito bom ouvir de um ator jovem que, apesar de sua contribuição para a arte nacional, o Cinema Novo e seu legado devem ser superados. E ele fala isso sem hesitação e sem medo de ser metralhado pela maioria de artistas "cabeça" que pululam pelo país. Ser uma boa obra cinematográfica, enquanto expressão artística, não deve excluir, necessariamente, a possibilidade de ser um filme que agrade às massas e arrecade grande bilheteria. É muita chata essa ideia geral de que ou se é filme de arte, ou se é filme de grande bilheteria. Essa ideia não é uma exclusividade brasileira, claro, mas está muito arraigada por aqui. Enquanto for assim, o cinema estará travado em seu desenvolvimento. Como estará qualquer arte que padeça desse tipo de preconceito.
Não quero aqui fazer uma "ode a Wagner Moura". Quero apenas demonstrar porque eu queria dividir uma mesa de boteco com o ator e tê-lo entre o grupo de pessoas que eu convidaria pra uma noite de jogos em minha casa.

sexta-feira, maio 21, 2010

Timbuktu


Sempre falei que ele tinha vindo do "Pet Sematary" por causa da aparência, digamos, desarrumada.
Hoje ele foi picado por uma cobra e vai para Timbuktu.
Vou sentir muita falta do cão mais sistemático que já tive... but... every life must end...

quarta-feira, maio 19, 2010

To Hillary, with love.

Got Some

Every night with the lights out, where you gone?
What’s wrong?
Everytime you can try but can’t turn on
Your rock song

Got some if you need it

Get it now / get it on / before its gone
Let’s everybody carry on, carry on

Get it now / set it off / before its gone
Get everybody, carry on carrying on

Precipitation, which side are you on?
Are you on the rise? Are you falling down?

Lemme know, c’mon let’s go yeh!

Got some

Get it now / get it on / before its gone
Lets everybody carry on, carry on

Turn it up / set it off / Before we’re gone
Let’s everybody get it on, get it on

This situation, which side are you on?
Are you getting out? Are you dropping bombs?
Have you heard of diplomatic resolve? Yeh!

Precipitation, which side are you on?
Are you on the rise? Are you falling down?
Lemme know, c’mon let’s go

Get it now / Get it on/ Before it’s gone
Lets everybody carry on, carrying on

Turn it up / set it off / before we’re gone
Let’s everybody get it on, get it on

Precipitation, which side are you on?
Are you on the rise? Are you falling down?
Lemme know, c’mon let’s go

Got some if you need it
Got some.

segunda-feira, maio 17, 2010

Incongruências em verde e amarelo

A repercussão do acordo assinado pelo Irã sob intermediação do Brasil e da Turquia na imprensa nacional foi maior do que eu imaginava. Política Internacional não costumava ser pauta importante nos jornais. Pelo menos até nosso presidente ser mencionado repetidamente na imprensa internacional, receber prêmios, elogios de chefes de Estado; até nosso país merecer matérias especiais em publicações como The Economist ou ser colocado ao lado de outros países emergentes em grupos como os BRICs por renomado economista - estrangeiro, claro!
Entendo que tenhamos extensa história de problemas internos, e que questões internacionais parecem muito distantes para a maioria da população brasileira.
De uns tempos pra cá, no entanto, a posição do Brasil no cenário internacional vem recebendo a atenção da imprensa e o interesse da população, digamos, "mais informada". Discute-se a postura brasileira em almoços familiares, em mesas de botecos frequentados por "meio intelectuais, meio de esquerda", em blogs, no twitter, na Veja, no Jornal Nacional. E é preciso destacar: com a mesma paixão com que se discute futebol, candidatos à presidência da República e a corrupção na política.
Há motivos para alegra-se com isso. O "povo" está mais interessado, mais informado.
O que questiono é: que tipo de informação a imprensa de massa está gerando? Que tipos de opinião se forma no espectador/leitor "pensante" do Brasil?
Pergunto isso porque as chamadas e reportagens que li hoje sobre o referido acordo mediado pelo Brasil eram, quase todas, em tom de crítica e/ou descrença. Assim como foram as notícias sobre a atuação brasileira no Haiti, sobre os desdobramentos do caso Batisti (ainda inconcluso) ou do caso Sean, sobre o fato de o Brasil emprestar dinheiro ao FMI e, principalmente, sobre o contencioso com os EUA na OMC.
Em todos esses casos o Brasil é tratado pela imprensa genérica e pelo brasileiro genérico (há casos de isenção e de opiniões fundamentadas) como um país pretencioso, metido a dar um passo maior do que suas pernas, ou ainda um país que se mete com questões que não lhe dizem respeito. Há, enfim, muita crítica e falta reconhecimento.
É muito impressionante que o Brasil seja hoje reconhecido pela comunidade internacional como um país-chave, um protagonista, um ator confiável e de relevância e, dentro da nossa pátria mãe gentil, seja considerado uma eterna "república de bananas".
Um país de posturas claras, de orientação precisa e independente - interna e externamente, que busca defender seus interesses e valores. Um país solidário, que luta pelo crescimento e evolução da humanidade, apesar de suas próprias dificuldades e limitações. É esse o Brasil que os brasileiros deveriam ver. O mesmo Brasil que o mundo vem olhando cada vez mais atentamente.
Mas somos a um tempo míopes e hipermétropes. Temos excesso de orgulho por coisas pequenas como o futebol e outros esportes - a melhor seleção, o melhor piloto de F-1. Somos demasiado complexados quanto à grandeza do nosso país em assuntos de suma importância, como política e economia.
Foi risível, por exemplo, como acharam tantos "brasileiros" nas Olimpíadas de Inverno. Um menino nascido em Pernambuco e adotado por suecos ainda recém-nascido, era considerado um representante brasileiro.
O "orgulho de ser brasileiro" se dá por motivos questionáveis e fúteis.
Espero apenas que essa projeção internacional do país, através, principalmente, da diplomacia presidencial, sirva para mostrar ao brasileiro que o país é mais do que samba e futebol. A despeito da ótica distorcida com que isso tudo vem sendo mostrado.

terça-feira, maio 11, 2010

A copa do mundo



É engraçado como a convocação da seleção causa comoção nacional! Tanto alvoroço, ninguém satisfeito, sobram críticas.
Me lembro que, quando criança, uma copa era motivo pra reunir vizinhos e festejar. Era um período muito alegre, de ruas coloridas, as pessoas animadas. A frustração da perda durava pouco. O futebol parecia realmente importante na situação como um todo.
Na adolescência, copa também era motivo de festa. Menos familiares, é verdade. E o futebol importava pouco. Quase nada
Hoje mal me lembro que vai haver uma copa até que ela chegue. Gosto de assistir aos jogos e até torço, sem angústia ou expectativa, pela seleção brasileira. Não pelo que ela apresenta de talento, não porque ela mereça, não porque haja ídolos nas seleções dos últimos anos. Mas porque é divertido ver a alegria das pessoas (que não é a mesma, nem tão grandiosa como era a da minha infância... ou eram meus olhos infantis?). É uma alegria burra, sem razão, pura paixão.
E não é isso o futebol? Paixão e alegria? Não é para nos divertir e entreter? Gosto de futebol e sou torcedora (do Glorioso Clube Atlético Mineiro, não da seleção). Assisto a programas esportivos. Mas ando muito cansada das análises racionais, das opiniões fundamentadas, das estatísticas... como é possível colocar o futebol numa planilha? Como é possível tornar uma paixão em algo tão chato?
Hoje vão pulular os comentários embasados, as análises táticas, os profundos estudos sobre a seleção de Dunga. Eu preciso admitir: não sei nem de quem se trata metade da seleção convocada.
Eu quero ver a copa. E quero torcer. Mais pra que dê tudo certo e não tenhamos que ouvir que foi um erro ter um país emergente como sede, que era previsível que não teriam estrutura para sediar evento tão grandioso... torço mais pelo sucesso da África do Sul como sede. Quem vai ganhar pouco me importa. Que seja uma seleção que apresente beleza, alegria e que se divirta.
Futebol pra mim, hoje, é como esse belo comercial da Pepsi. Boas ideias assim são uma das vantagens que traz uma copa do mundo de futebol.
E a convocação dessa seleção é irretocável!