sexta-feira, julho 07, 2006

It´s been a bad day. And I had to take a picture...

Tive q/ tirar nova ID. A antiga tinha uma foto de uma menina de 15 anos q/ já não sou eu, tava com o estado civil desatualizado, essas coisas.
Fui ao setor de indentificação da polícia civil, no meu horário de almoço. Delícia: Augusto de Lima, perto do Fórum, ali no Barro Preto. Muito bem-humorada, depois de uns 15 mins prá achar vaga e uns 20 prá tirar uma foto 3x4, entreguei os documentos e fotos ao funcionário q/ gritou (como se eu estivesse a 1km de distância):

- A sra. já pagou a taxa?
Eu:
- Não.
Ele:
- A sra. vai pagar no banco?
Eu:
- Tem outra alternativa?
Ele:
- Não. (e continuou me olhando, aguardando minha resposta)
Eu:
- Sim. Eu vou pagar no banco.

Ele colocou um código no boleto bancário e me entregou, gritando os bancos em q/ eu podia pagar a taxa de pouco mais de 8 reais.

Me dirigi ao Banco do Brasil. 5 mins prá tirar tudo q/ é de metal da bolsa, colocar no compartimento, retornar e girar a porta. Colocar tudo de novo na bolsa e, qd entrava, a solícita funcionária me pede prá ver o boleto e diz:

- Olha, esse só pode pagar lá em cima. Mais de hora de fila. A sra tb pode estar pagando no Mercantil do Brasil, no Bradesco ou no Itaú.
Eu (cada vez mais bem-humorada):
- E onde tem algum desses?
Ela:
- Bradesco num tem não.
Eu (me controlando para não esganá-la):
- E tem algum dos outros dois?
Ela:
- Tem Mercantil e Itaú, logo aqui na Augusto de Lima.

Saí sem agradecer mesmo, pq ela não merecia e pq já havia umas 15 pessoas pedindo informações. Entro no Mercantil. Mais 5 mins da operação "detector de metais". Entro na fila.
O funcionário me informa q/ o banco não tá recebendo aquele boleto. Calmamente, procuro me informar pq raios o departamento de identificações da polícia civil me manda pagar num banco q/ não recebe. O funcionário me responde q/ o problema é no sistema daquela agência, q/ só recebe boletos c/ código de barras.

Quase atropelando as dezenas de pessoas na rua, sem almoço e já c/ dores no pé por causa do salto, me dirijo ao Itaú. 5 mins para conseguir passar na porta giratória. A fila tem umas 40 pessoas. Três caixas funcionam. Mais de meia hora depois, consigo voltar à polícia, c/ o boleto pago. Já tava até apegada a ele. Entrego tudo novamente ao funcionário (o mesmo). Ele olha, coloca um clip juntando tudo e me manda prá uma outra fila. Sim, a função dele é ajuntar tudo com um clip.

Poucos minutos de espera, a mocinha grita o esperado "próximo". O humor dela é ainda melhor q/ o meu. Ela me avisa q/ o sistema tá lento (jura?) e fica olhando prá tela do computador. Minutos depois, manda eu assinar na carteira, cola a foto, manda eu assinar num outro papel, onde cola a outra foto. Confere e atualiza meus dados. Me diz prá buscar dentro de 7 dias e me manda prá uma outra fila, prá tirar as digitais.

Na outra sala, uma funcionária meio velha maconheira, faz sinal prá eu me aproximar. Me puxa pelo braço prá bem perto dela. Pega minha mão e vai sujando de preto dedo por dedo. Depois coloca minha digital do polegar direito na carteira, no outro papel assinado. Depois coloca a de todos os dedos numa outra folha. Me entrega um lenço humedecido e aponta a pia para lavar as mãos. Eu pergunto se é só isso e ela acena q/ sim com a cabeça. Sem dizer uma palavra.

30 mins de trânsito depois (prá percorrer uns 6 ou 7 kms) estou de volta ao consultório. Ainda sem almoço, às 4 da tarde, para atender as duas últimas pacientes.

Eu podia pensar: tudo bem, é sexta-feira. Já é fim de semana e eu vou descansar, certo? Nope. Amanhã, às 8:30 devo estar em Betim, prá assistir aula até as 17:30.

Eu não entendo essas pessoas q/ trocam o nome a cada casamento e a cada divórcio!

Um comentário:

Guik disse...

me divirto tanto qdo é com os outros!