sexta-feira, junho 13, 2008

Definitivamente, talvez


Fui dia desses assistir, meio por acaso, um filme chamado "Três vezes amor" (Definitely, maybe). Só fui por causa da falta de opções e por causa do horário. A primeira surpresa, foi não ter ouvido ou lido sobre o filme, que conta com um elenco relativamente conhecido, incluindo aí a protagonista do divertido "Pequena Miss Sunshine" e sua dança inspiradora. A segunda surpresa, foi a exibição estar restrita às salas mais "cult" de BH. E a terceira surpresa, foi a beleza do filme.
Podia ser só mais uma comédia romântica, mas passou a figurar entre meus preferidos da categoria, ao lado de "Escrito nas estrelas". Aliás, percebi algumas semelhanças entre os dois... como um amor que parecia predestinado e que resistiu ao tempo e a outros amores vividos por dois dos personagens, a busca por um livro em sebos...
O filme já me ganhou desde o início, com a argumentação sobre trilhas sonoras perfeitas para cada momento. Eu mesma aplico isso à minha vida. Tenho várias trilhas para vários momentos, que são escolhidas de acordo com algumas variáveis. Mas essa é outra discussão.
"Três vezes amor" tem uma história simples, poucos cenários, produção pequena e barata, mas tem uma mensagem, ou um certo número de mensagens que são singelas mas muito belas. Trata do amor não de uma forma épica, mas de uma forma plausível, que se encaixa perfeitamente e de forma convincente no cotidiano de personagens com gostos, rotinas e escolhas diversas. A emoção fica mais por conta da menina do que das histórias de amor, propriamente. Faz-nos questionar as relações amorosas banalizadas e convenientes tão comuns atualmente.
O filme recebeu duras críticas mas, para mim, uma atenta observadora das relações e do comportamento humanos, tem uma rara beleza e simplicidade nessa história que tem sido ignorada pela maioria dos frequentadores dos cinemas. Pelo menos aqui em BH.
Vale a pena ver com mente e coração abertos. As mensagens mais banais e óbvias, são às vezes as que mais precisam ser espalhadas, pela facilidade com que são esquecidas no nosso dia-a-dia, onde "um amor de verdade", baseado em emoções e projetos de vida tem sido preterido em detrimento de relações mais apropriadas às escolhas profissionais e outras praticidades. É a era da conveniência nas relações, assim como em qualquer outro campo da vida social. Como se as relações se equiparassem a qualquer outro elemento dessa vida.
Felizmente há quem tenha visão diferente. Pena nem sempre filmes assim receberem o devido crédito e serem considerados só mais uma comédia romântica. E podem facilmente sê-lo, dependendo dos olhos de quem vê.

2 comentários:

Hildo Jr. disse...

que coisa!
peguei um link pra esse filme e tava naquela "será??".

vc me convenceu com extrema facilidade!

vou ver e poderei comentar em breve!

Pollyanna Xavier disse...

Que bom! :)

Eu quero ver de novo... onde vc encontrou esse link? É claro que a luz do cinema acabou no meio do filme e tivemos que esperar uns 20 minutos pra poder continuar, né? Hehehe
Gostaria de ver sem interrupções agora!